Conceitos como os de Comunicação , Comunicação Escolar, Mídias, Dados e Informação, Bancos de Dados, Tecnologia de Comunicação e de Informação, Telemática, Redes, Redes de comunicação, Redes eletrônicas, Redes de computadores; termos técnico-científicos tais como "e-mail", "remote login", listas de discussão, teleconferências e siglas como MUDs, FTP, IRC, Internet, BITNET, e outros devem ser explicitados para a maior compreensão deste trabalho e para ajudar na formação das práticas de professores nesta área comunicacional. Detenho-me, neste capítulo, na explicitação daqueles conceitos essenciais à realização desta pesquisa e desta argumentação. Ao fim deste texto, encontra-se um glossário particularizando os demais conceitos e significados usados em práticas educacionais como as aqui estudadas.
Partindo do pressuposto de que educação e comunicação são indissociáveis, faz-se necessário um breve retrospecto a respeito de comunicação. De acordo com WOLF (1987:26-27,135), teórico da comunicação, houve um aperfeiçoamento conceitual a partir da crítica à concepção de comunicação linear, unidirecional, hipodérmica, isto é, a partir da consideração de que para a comunicação humana basta que as mensagens sejam "transmitidas" para os receptores passivos, como se lhes fossem aplicadas injeções com todo o conteúdo que eles deveriam saber. Neste entendimento tradicional, o de comunicação transferencial oriundo do final do século XIX e início do século XX, o receptor é considerado mais como um elemento da "massa" composta de indivíduos "isolados, anônimos, separados, atomizados", e que são, automaticamente, influenciados pelos meios de comunicação. Nesse sentido, se as mensagens de propaganda, por exemplo, conseguem chegar aos indivíduos da "massa", a persuasão pode ser facilmente 'inoculada'", o que não ocorre de maneira tão fácil uma vez que outros determinantes atuam aí, inclusive a história sócio-cultural e relacional das pessoas. Ainda segundo WOLF (1987:139), um outro entendimento sobre a comunicação, que incorporou o primeiro, mas aperfeiçoou-o, é o de que ela se dá através de transformações de conteúdos semânticos entre dois polos - emissores e receptores - que codificam e decodificam-no de acordo com as restrições de outros códigos já definidos e assimilados. O paradigma muda, nos meados do século, apresentando, então, esse novo modelo, o de comunicação semiótico-informacional isto é, "passa-se da acepção de comunicação como transferência de informação para a de transformação de um sistema em outro ". Isto é, o receptor trabalha o significante e o significado e transforma-os em outros significantes-significados, mas o processo continua sendo considerado como linear e unidirecional. Ainda segundo WOLF, "há transformação e modelagem do significado da mensagem recebida através da sua interpretação, a ponto de mudar radicalmente o sentido da própria mensagem" (p. 42). Embora haja uma ênfase no elemento de intervenção interpretativa realizada no processo comunicativo "a dissimetria dos papéis de emissor e receptor não era suficientemente levada em conta" (p. 143).
Um paradigma mais recente, o do modelo de comunicação semiótico textual, toma como base uma concepção comunicativa mais interativa, que considera, além da transmissão e da transformação, uma construção mais conjunta por parte do emissor e do receptor do significante-significado, codificando-o, decodificando-o, recodificando-os conforme as suas realidades individuais e o contexto em que vivem; portanto, é interativo e dinâmico. "No modelo semiótico-textual, este limite aparece superado: já não são 'as mensagens' que são transferidas na troca comunicativa (o que pressupunha uma posição de igualdade entre emissor e receptor) mas antes é a relação comunicativa a que se constrói ao redor de um 'conjunto de práticas textuais'" (WOLF, 1987:143-147). Nesse caso, o emissor não mais enfoca apenas a mensagem, mas utiliza o conhecimento que tem a respeito do receptor para se comunicar vice-versa. O processo comunicacional apresenta, então, uma relação interativa e dinâmica, construída por emissores e receptores que não são iguais. No seu trajeto sócio cultural, o receptor não o é apenas da mensagem de um determinado emissor, mas de um conjunto de diversos outros, incluindo os conjuntos das mídias , sendo ele também emissor nesse contexto. Ademais, WOLF (1987-121-228) mostra que novas tendências da pesquisa sobre mídias, comunicação em seus nexos com a construção da realidade incorporam esse terceiro modelo comunicacional (que contém a superação do segundo e primeiro modelos) e voltam-se para o estudo de efeitos a longo prazo, cumulativos, contextualmente "agendados" bem como para estudos sobre produtores sociais de informação e comunicação.
Reforçando este conceito, busco em FREIRE (1977:67), a caracterização da comunicação como diálogo e dialética, implicando numa reciprocidade que não pode ser rompida e não sendo possível compreender o pensamento fora das ações cognoscitiva e comunicativa bem como a sua contextualização no mundo em que vivemos. "Comunicar é comunicar-se em torno do significado significante. Desta forma não há sujeitos passivos". A comunicação se realiza através da co-participação de emissor e receptor na compreensão da significação do significado de forma crítica., como elemento essencial da educação, comprometida com o contexto histórico.
Por outro lado, busco também em LÉVY (1993), o sentido de comunicação-ação, que não é só transmissão de mensagem, mas relacionamentos entre interlocutores, mediatizados pelas tecnologias da inteligência, da informação e da comunicação, num contexto dinâmico que provoca a cada momento redes de conexões transformando a mensagem e construindo novas mensagens.
A comunicação como elemento fundamental para a "Civilização", é enfatizada por MARTIN (1981:4) que "distingue a humanidade dos animais e as sociedades modernas das primitivas", sendo uma das responsáveis pela mudança na natureza da sociedade.
É na comunicação, portanto, que está uma das chave para ajudar na restruturação da educação, na desejável integração da escola com o cotidiano do aluno. Há que se refletir e se trabalhar a comunicação com educadores em geral, e professores, em particular, para que possam ajudar a transformação da natureza da escola inserida e crítica frente às conservações e transformações na sociedade.
Os estudiosos chegaram à conclusão que não formaremos seres integrais uma vez que eles estão sempre em transformação, entretanto, essa comunicação, social ou escolar, tem que, ao meu ver, estar comprometida com a realização de um ser cidadão, corpo, espírito e mente em transformação para melhorar a vida individual e coletiva em seus país e no mundo.
Por Comunicação Escolar, podemos caracterizar a comunicação que se "mobiliza no processo de relações entre pessoas concretas, na escola , e com uma história vivida no mundo" e que, evidentemente, inclui as diversas mídias presentes (ou não) na escola. Essa comunicação se articula à sociedade na qual está inserida. Ela é limitada no tempo e no espaço da realidade escolar, mas não pode se desvincular daquele (FUSARI, 1990:2). Refiro-me, em particular, à comunicação escolar, aquela cujas interações se desenvolvem no ambiente escolar entre diretores, coordenadores, professores , alunos e pais de alunos, como parte de uma comunicação mais ampla, a social..
Assim como as linhas que norteiam a produção da comunicação social vem aperfeiçoando-se, transformando-se a partir das incorporações críticas, as linhas norteadoras da realização da comunicação escolar também deveriam se aperfeiçoar, mas essa evolução vem sendo mais lenta. Os relacionamentos entre comunicação e educação na sociedade e destas com a comunicação escolar, incluindo as mídias, merecem elaborações mais aprofundadas e compromissadas com a melhoria das qualidades da vida na sociedade.
A palavra Mídias vem sendo muito empregada na atualidade por pesquisadores de todo o mundo, mas a partir do Inglês que a usa no seu sentido plural, conforme sua origem latina (medium, media). Em português, essa palavra vem sendo adotada como singular, acrescentando-se a desinência "s" para o plural. Refere-se aos meios de comunicação, cujas características fortes são a "comutação e a mutabilidade". Em seu livro "A Cultura das Mídias", SANTAELLA (1992:8) posiciona-se: "A opção pela palavra mídias no plural, empregada neste livro, não foi casual, mas deliberada. O que se pretende pôr em relevo são justamente os traços diferenciais e "sui generis", quase idiossincráticos, de cada mídia individual, para caracterizar a cultura que nasce nos trânsitos, intercâmbios, fricções e misturas entre os diferentes meios de comunicação"
Acredito, também, que cada mídia tem uma especificidade própria e que não há uma substituição de uma pela outra, mas uma integração, em que cada uma pode ser mobilizada por seus usuários no cumprimento de sua função em suas articulações e redimensionamentos. Muitas das mídias da comunicação que ocorre nas sociedades contemporâneas ainda são negligenciadas na comunicação escolar. O mesmo aluno que se encontra, na sala de aula, como leitor de livro, copiador das mensagens do quadro de giz, ouvinte do professor, é, na sua casa, no bar da esquina, no clube, no "flipperama", telespectador, rádio-ouvinte, leitor de jornal e revista, usuário de computador e de Internet, jogador de "videogame".
Esse mesmo raciocínio é assumido por MARTIN (1989:7), quando afirma que os meios de recuperação de informação não substituem os livros, ao contrário permitem que conteúdos de excelentes bibliotecas através de seus livros, discos, revistas sejam distribuídos e uma "educação superlativa aconteça" e o professor fica liberado para" se concentrar em aspectos mais criativos e humanos do ensino" e da produção da educação e comunicação escolares.
O professor ao se apropriar destas mídias e trabalhá-las comunicacionalmente em sua prática pedagógica junto aos alunos estará possibilitando uma rede, uma teia entre e sobre o mundo real e a escola. A comunicação escolar entre alunos e professores frente ao conhecimento sobre o mundo poderá estar mais dinamizada e a educação enriquecida, sendo o fator determinante para uma mudança educacional mais efetiva e eficaz.
Em outras palavras, trabalhar comunicacionalmente com grupos ou redes de mídias nas aulas e cursos escolares, requer o desenvolvimento contínuo interativo de textos culturais significativos de e entre professores e alunos com a intencionalidade de aperfeiçoar suas compreensões sobre o mundo natural e cultural em que vivem. Tal trabalho comunicacional semiótico-textual envolve interações cumulativas de professores e alunos com dados e informações sobre o mundo e a história de sua natureza, de sua cultura, posicionando-se e expressando-se, de modo significativo, com os elementos observados, elaborados e tornados melhor conhecidos, melhor sabidos.
Informação é uma coletânea de dados processados segundo a abordagem e o ponto de vista de quem a processa. Os mesmos dados podem ser avaliados e processados, reunidos de formas diferentes por um engenheiro, um psicólogo, um artista, um professor.
Dados são elementos observados, coletados, experimentados e acumulados que após serem organizados, estruturados e processados se transformam em informação. A informação analisada, conceitualizada, humanizada e trabalhada em rede pode vir a ser conhecimento que, por sua vez, utilizado dentro dos planos de interatividade, ética, social e natural pode se transformar em sabedoria.
É importante que educadores não confundam dados e informação. Alguns livros de engenharia da informação consultados (FELICIANO Neto, 1988; MARTIN, 1991:) não apresentam uma definição explicita para informação. Desenvolvem seus trabalhos tendo por assumido o conhecimento comum do conceito pelos leitores em potencial.
Ao tratar da diferenciação entre dados e informação, RIZVANOV (1994:626) considera que muitas das pessoas da civilização atual ainda não elaboram bem os dados, para obter a informação. Tem-se dificuldade em construir o conhecimento e desenvolver a sabedoria. já que a quantidade de informação disponível é cada vez maior e o indivíduo passa de uma informação a outra, sem o tempo suficiente para a elaboração da mesma em conjunção com a realidade, sem o tempo para a reflexão que leve a uma assimilação conseguida. Esta é uma preocupação que deve ser considerada pelos professores no planejamento e na execução de sua prática pedagógica , de modo a não ser engolido pelas enchentes de informação. Ao mesmo tempo, devem ficar atentos para que o trabalho comunicacional nas aulas e cursos escolares com mídias também contribuam nas elaborações e assimilações culturais necessárias à vida dos cidadãos. Nesse sentido, a busca de dados e informações em agrupamentos e armazenamentos que os colecionam, deve ser guiada por intencionalidades, no caso educacionais. Novos dados e informações re-elaborados podem ser, por sua vez, armazenados por meio de tecnologias adequadas.
Bancos de Dados é uma coleção de informações disponíveis para recuperação e consulta. São definidos por BENS e KNOECHE (1987:125) como um produto informacional que permite "ao leitor-usuário restituir os fatos brutos a um contexto, considerando um ou vários domínio de conhecimento ".
O conhecimento era privilégio de poucos iniciados que podiam ir até essas bases de dados, ou solicitar fotocópias, micro-filmes, prática que era morosa e burocrática. A digitalização de bancos de dados de universidades e instituições de pesquisa e sua disponibilização de acesso via redes de computadores inaugura uma nova era. É o início da possibilidade de democratização do conhecimento. Uma variedade de programas se apresenta para permitir essa busca desde que se tenha acesso às redes eletrônicas sobre as quais discorreremos mais adiante neste texto.
Por Tecnologia de Informação, podemos entender toda forma de gerar, armazenar, veicular, processar e reproduzir a informação. Papel, arquivo, fichários, fitas magnéticas, discos óticos são meios de armazenar a informação; fax, telefone, jornal, correio, televisão, telex são meios de veicular a informação; computadores, robôs são ferramentas para processar a informação; máquina de fotocopiar, retroprojetor, projetor de slides são meios de reproduzir a informação - a tecnologia da informação cobre, ou deveria cobrir, todos esses itens (FURLAN, 1994:5)".
A definição que FURLAN apresenta é bastante abrangente e engloba as tecnologias de comunicação. Na maioria dos trabalhos internacionais consultados, o sentido dessa definição se faz presente, não se encontrando nessas obras nenhuma referência à tecnologia de comunicação. Neste trabalho, tecnologia de informação se refere ao armazenamento da informação e tecnologia de comunicação se refere à distribuição da informação.
Os computadores, as redes eletrônicas, enfim, todos os meios a que se refere FURLAN encontram-se, atualmente, presentes no cotidiano do cidadão de maneira irreversível, a diferença que precisa ser mudada está nas injustiças sociais que facilitam as condições de uso para alguns privilegiados e dificultam para os outros, excluídos..
A necessidade da escola gerenciar tanto as tecnologias de informação como as de comunicação no uso correto na formação de professores e alunos é realçada por LE MOLI (1990:63). O uso das tecnologias de informação como "instrumento e argumento" é apontado por LE MOLI como uma necessidade na formação do jovem para uma leitura crítica das informações que as tecnologias de informação e os meios de comunicação veiculam e para que eles possam perceber, por exemplo, a diferença entre cenas de violência em filmes televisivos e imagens "de uma realidade trágica de um conflito real transmitidas pela TV" (p. 63). Argumentos e instrumentos em tecnologias de comunicação precisam contribuir como suporte para pesquisa e trabalho formadores de professores. Desde 1991, venho tentando atuar neste sentido.
Tecnologia de Comunicação pode ser entendida como toda forma de veicular informação, incluindo as mídias mais tradicionais, ou não, como pergaminhos, tambores na selva, livros, revistas, rádio, TV, vídeo, redes de computadores,. etc.
A educação presencial e a educação a distância têm se utilizado mais das mídias impressas para a distribuição da informação, embora dispusessem de uma tecnologia de comunicação que podia disponibilizar som e imagem desde o início do século. A questão principal é que, mesmo na atualidade, os educadores ainda associam tecnologia apenas a algumas máquinas. Em diagnóstico realizado com professores de escolas de nível fundamental e Médio, constatei que a maioria dos professores não identificava livro, quadro de giz, jornal, como tecnologia de comunicação ou como mídias incluindo tecnologias de veiculação de informação. Ao contrário, apontavam o vídeo, o retro-projetor, o computador como a tecnologia de comunicação utilizada em sala de aula, provavelmente pelo fato de estas necessitarem também de máquinas.
Atualmente, com os avanços da tecnologia de informação e barateamento de produtos que permitem a crescente popularização da tecnologia multimídica, a educação formal se vê relegada a um segundo plano por crianças e jovens que têm a sua disposição produtos de entretenimento muito mais atraentes do que as mídias impressas em branco e preto. Alertando a esse respeito, MARTIN (1981:4) refere-se a tecnologia de comunicação como a pedra fundamental da cultura do nosso tempo
É, portanto, essencial, a preparação dos professores para que ao se apropriarem dessa tecnologia multimídica, resgatem, também, o uso da tecnologia de comunicação impressa, dentro de um novo paradigma educacional, que privilegie a descoberta, a análise crítica e a criatividade na construção do conhecimento. Tais construções de conhecimento incluem redescobertas, por exemplo, dos clássicos grego-romanos, da alquimia medieval que levam ao entendimento da Física, da Química, de Biologia e da Matemática, ao renascer do humanismo e a valorização das Artes Plásticas, da Música, da Dança, do Teatro, da Literatura, à reflexão do ser ou não ser e ao se encontrar como Homem, um Homem de virada do século, que pode ser engolido pelo tecnopólio (POSTMAN, 1994) se não conseguir ter o controle dessas tecnologias já disponíveis em seu mundo contemporâneo.
Teleinformática, telemática e comunicação de dados são freqüentemente usadas com o mesmo significado. Entretanto, cada uma tem a sua definição mais específica dada por pesquisadores da área de informações e comunicações.
Ao se referir à comunicação de dados, REGO (1994:125) a entende como transmissão de informação digitalizada envolvendo processamento informático quer essa comunicação se dê entre longas distâncias quer numa rede local. Esse autor explica que "telemática é um neologismo que resulta da contração das palavras Telecomunicações e Informática, significando por conseguinte, a utilização combinada de meios eletrônicos de processamento de informações (informática) com meios eletrônicos de comunicação à distância (telecomunicações)".
Prevendo como a telemática poderia afetar a sociedade humana nas mais variadas áreas, MARTIN (1981) salientou que essa tecnologia não apresenta limites de crescimento, alertando para a importância dos investimentos nessa área criarem condições para que todos da sociedade possam usufruir dela.
Com a revolução informacional, observa-se maior circulação de informações descentralizada e interativa através da telemática em rede e, conseqüentemente, a busca de cooperação entre pesquisadores e profissionais (professores por exemplo). Na área educacional, a telemática se apresenta como um novo meio de comunicação não só com o intuito de colaborar na produção e divulgação de informações de pesquisas, como também de instigar alunos e professores a romperem as paredes das salas de aulas e comunicarem-se com seus colegas nas mais diversas regiões do planeta, criando um novo conceito de inter e transregionalidade, bem como de transnacionalidade. Assimilam-se práticas exógenas, ao mesmo tempo em que se solidificam aspectos endógenos.
Aqui, também, faço referência à importância da orientação do professor nesse processo de comunicação telemática, na medida em que, nessa prática, ele pode encaminhar questões mobilizadoras de seus alunos para análises das múltiplas facetas de um fato, por exemplo, antes da tomada de decisão ou da opção por soluções ou posicionamentos frente ao mesmo. Nas reflexões, mais adiante neste texto, sobre experiências que descreverei com enfoque na atuação de professores , estarei aprofundando conexões entre educação e telemática.
Para o estudo e a prática de conexões educativas com telemática é importante compreender, além de outros aspectos comunicacionais, que rede, nessa área é sempre " um conjunto de relações entre pontos ou 'nós' que mantém cada uma independência relativa, ainda que ressalte sempre, ao mesmo tempo, uma força que é conjunto" SCHWARTZ (1995:6).
Contrapondo-as, SCHWARTZ diferencia a comunicação de 'redes ' e a de 'massa', no sentido em que redes são ativas, crescem por integração, produzem informação e sentido, têm o indivíduo como elemento constitutivo. Afirma, ainda, que o conhecimento é o elemento que vem transformando as massas em redes e que as "redes de comunicação definem uma infra-estrutura compatível com o máximo de diversidade e interatividade".
Identifico-me, no presente trabalho com um dos significados que MACHADO (1995:139-140) apresenta na sua análise de "rede": "Os pontos (nós) são significados - de objetos, pessoas, lugares, proposições, teses ; as ligações são relações entre nós, não subsistindo isoladamente, mas apenas enquanto ponte entre pontos. Desenha-se, assim, desde o início, 'uma reciproca profunda, uma dualidade entre nós e ligações, entre intersecções e caminhos, entre temas ou objetos e relações ou propriedades: nós são feixes de relações; as relações são ligações entre dois nós...".
Nesse sentido, os professores , alunos , especialistas podem ser entendidos também como pontos atuantes, como "nós", e as ligações entre eles podem ser os projetos pedagógicos que relacionam esses alunos, professores e especialistas entre si, não de forma linear e encadeada, mas em forma de rede. Tanto para LÉVY (1993:26), como para MACHADO (1995:140) "nenhum nó é privilegiado nem univocamente subordinado a um outro, sendo sempre factíveis diversos percursos alternativos para os trajetos entre dois nós", não há centralidade, motores internos, homogeneidade nas redes. Elas são dinâmicas e móveis. O que há são os compromissos dos "nós"ou pontos, ou pessoas atuantes nessa teia frente aos aperfeiçoamentos necessários ao conhecimento e exercício da cidadania contemporânea por e para todos.
Não concordo com os que conceituam a "rede" como algo inerente ao nosso século e ao advento das tecnologias eletrônicas e informatizadas. As redes comunicacionais existem desde o momento em que os seres humanos sentiram a necessidade de compartilhar as suas existências, descobertas, experiências e sentimentos com seus semelhantes. Evidentemente, há hegemonias, lutas de poder, egocentrismos, corporativismos nessas trocas ( e não trocas), instalando desigualdades injustas que, estas sim, precisam ser analisadas e desconstruídas para darem lugar às construções comunicacionais cultural e socialmente mais justas. As redes de comunicação humana não são inerentes apenas ao tempo veloz, à instantaneidade como TRIVINHO (1994:6) coloca na sua argumentação; essas redes também são compostas inclusivo por correspondência e o jornal impresso estão destinados ao desaparecimento. No conceito de redes de comunicação e de redes de mídias , como escreve SANTAELLA (1994:), as diversas mídias se complementam e exercem funções diferentes, ainda porque, como já foi citado, os indivíduos atuantes na e com as mesmas têm diferentes talentos e diferentes estilos de aprendizagem a de ensino que os levam a usar e a participar das redes de comunicações de diferentes formas, com diversos conteúdos e objetivos.
No âmbito das redes comunicação humana, as redes eletrônicas são sistemas eletrônicos de troca de informações tais como as redes telefônicas, o facsímile e as redes de computadores.
As primeiras tentativas de se comunicar eletronicamente em longa distância datam da década de 1790 na Europa. As experiências do alemão Von Soemmering e dos ingleses W.F. Cooke e Charles Wheatstone são relatadas por CAMPBELL (1994 :44). Von Soemmering inventou um aparelho com 26 fios ligados a um aquário. Quando uma corrente elétrica passava por esse aparelho ele produzia bolhas que podiam ser usadas para uma comunicação codificada. A experiência atraiu a atenção dos militares que, ao invés de considerarem fantasiosas como a maioria das pessoas, logo perceberam as possibilidades de comunicação a distância durante as batalhas. Os ingleses W.F. Cooke e Charles Wheatstone, em 1839, instalaram um telégrafo numa distância de 13 milhas para uso da estrada de ferro britânica, utilizando um aparelho com cinco agulhas que permitia a aplicação seletiva de corrente elétrica a duas delas e assim mandava sinais codificados. Esse sistema apresentava uma deficiência pois não permitia enviar os sinais para letras C J Q U e V. Essas primeiras experiências que envolviam o uso de um meio paralelo de transmissão de sinais (emissão de todo os sinais ao mesmo tempo) foi logo abandonada devido aos "problemas de engenharia associados à construção de uma infra-estrutura para o sistema paralelo", em favor de um método serial em que os sinais codificados são enviados seqüencialmente ao longo de uma linha de comunicação. As experiências continuaram, até se ter o telégrafo aperfeiçoado por Morse. "
A invenção do telégrafo é considerada por POSTMAN (1994:76) como a segunda revolução da informação, uma vez que removia "o espaço como um embaraço inevitável ao movimento da informação, e, pela primeira vez, o transporte e a comunicação se libertaram um do outro"
No final do século XIX, deu-se a invenção do telefone, que ainda, segundo CAMPBELL (1994:135-137), apareceu como um marco nas telecomunicações uma vez que era o primeiro produto de telecomunicações vendido em massa. Segundo esse autor, em poucos anos uma teia de fios telefônicos se espalhava por todo o mundo e não ameaçava a comunicação impressa. Ao contrário, exerceu um forte impulso, uma vez que as companhias telefônicas tinham já implantada toda a infra-estrutura física (fios, postes) que a teleimpressora, ameaçada devido aos altos custos de infra-estrutura necessária, poderia, então, usar para as suas comunicações a longa distância. Os sinais digitais das teleimpressoras, e, mais tarde, dos computadores, não transitavam pelas linhas telefônicas feitas para transmitir a voz humana com inteligibilidade, mas, não necessariamente, com perfeição. Assim, foi preciso desenvolver um aparelho que pudesse codificar um sinal em um outro de forma a modular o sinal original em 0 e 1, sinais binários, transportá-lo modulado e recuperá-lo na outra ponta, demodulando-o, novamente, em sinal analógico. Esse aparelho é o "modem" (modulador-demodulador) que deve ser acoplado entre a teleimpressora, ou o computador e a linha telefônica (CAMPBELL, 1994:135-137).
Houve, no século XX, uma rápida evolução para a transmissão de imagens a longa distância, primeiro através do facsímile - muito usado durante as guerras, nas atividades jornalísticas e nas atividades comerciais - e atualmente, pelas redes de computadores, mas ambas tecnologias ainda carecendo serem melhor trabalhadas nos processos de comunicação escolar.
Quanto às redes de computadores podemos compreendê-las como sendo um sistema eletrônico que conecta computadores de grande porte, minicomputadores e computadores pessoais, entre si, em âmbito local (ex. na escola , no campus universitário, etc), em âmbito regional, (ex. entre os diversos campi da USP), em âmbito nacional (ex. entre as diversas universidades brasileiras) e em âmbito internacional (ex. entre entidades acadêmicas internacionais), permitindo a troca de dados (texto, gráficos, som, imagem) de um computador para outro através da linha telefônica (linha discada), ou de fios. (cabo coaxial, par trançado, cabos de fibra ótica). As ligações envolvem estruturas de cabeamento, de micro-ondas, de rádio ou ainda de fibra ótica e são estabelecidas dentro de uma determinada área sobre a responsabilidade de uma organização local. Para que essa comunicação aconteça é necessário o uso de protocolos de comunicação (programas especiais para promover a comunicação entre computadores, tanto os de grande porte entre si como entre estes e os micro-processadores, quer usem sistemas operacionais iguais ou diferentes).
Uma "internetwork", segundo SINGH (1995:9-10) é um grupo de nós de redes que se ligam através de "bridges" ou de "roteadores" que funcionam como guardas de trânsito ao direcionarem o fluxo de uma rede para a outra de acordo com o tráfego (:10). A mais conhecida é a Internet, uma rede de redes - uma meta-rede - que para muitos é entendida como "uma biblioteca 'on-line' de programas e idéias, bem como de publicações como revistas e livros. Tecnicamente, a Internet é o maior conjunto de nós de redes de computadores de todo o mundo" (:9).
No início de 1995, cerca de 3.000.000 provedores em mais de 50 países estavam conectados à Internet. Ela é uma rede que não conta com nenhum gerenciamento centralizado a não ser a InterNIC que é um centro fornecedor de os serviços de registro e de informações aos usuários, além de atribuir endereços e domínios IP (um protocolo, isto é, um conjunto de regras que permitem um computador conversar com outro, usado pela Internet) para novos pontos Internet e responsabiliza-se pela documentação de protocolos, políticas e padrões da Internet.
Foi em 1969 que o Departamento de Defesa norte-americano criou uma rede de computadores de longo alcance (Wide Area Network) integrando quatro universidades americanas: Stamford, University of Califórnia Los Angeles, Santa Barbara e de Utah no projeto ARPANET. Nesse projeto, desenvolveu-se um sistema de transmissão de dados por rede de computadores. "Esse sistema enviava pequenos grupos de dados que incluíam informação sobre o endereço para onde esses dados deveriam ser enviados na rede( esses grupos de dados com informação do destinatário são chamados "pacotes") através do IMP (interface message protocol) que permitia que computadores se comunicassem independentemente dos tipos das máquinas. Em 1974, muitos dos computadores tinham dificuldades em ter uma comunicação ideal e um novo protocolo foi desenvolvido, o TCP/IP - Transmission Control Protocol/Internet Protocol - que se tornou padrão para a Internet" (ELLSWORTH, 1994, :487) Quando o Departamento de Defesa se retirou da ARPANET, com sua própria rede, ela permaneceu com as quatro universidades.
BITNET
A BITNET (Because It's Time Network) é uma rede que congrega entidades de ensino e pesquisa e pode ser utilizada por bibliotecários, pesquisadores, professores e alunos das universidades de todo o mundo desde que tenham um código de acesso. Em seu artigo What is BITNET?, Quatermann (1992) apresenta algumas informações que resumo a seguir. A Bitnet começou em 1981, usando os protocolos NJE (Nertworking Job Entry), nos Estados Unidos, sendo executada pela Corporation for Research and Education Networking (CREN) que em 1992, fazia funcionar a maior rede NJE que ligava ainda México, Costa Rica, Singapura e Malásia. O seu sistema é chamado "store and forward", quer dizer que recebe e armazena as informações para então enviar. A comunicação é mais lenta, numa linha de 9600 bps, em computadores de grande porte IBM executando VM e CMS ou VAXes executando VMS, pode levar segundos ou levar dias, dependendo do fluxo de mensagens. a BITNET oferece correio, mala direta e transferência de arquivos (limitada).
Em seguida, a EARN, a European Academic and Research Network, que ligava trinta países, a maioria na Europa, os demais na África (Tunísia e Egito) e na Ásia (Israel e Índia).
Na Asia, a CAREN liga os provedores do Japão, Coréia, e Taiwan (República da China). No Japão, tem nome próprio para uma rede NJE nacional, a BITNET-J.
Diversas redes NJE estão em um único país como por exemplo a NETNORTH no Canadá, a ANSP no Brasil, a HARNET em Hong-Kong; a SCARNET liga a Argentina, o Chile, o Peru e o Uruguai. Já a GULFNET liga a Arábia Saudita, Bahrein e Kwait.
Ainda conforme QUATERMANN (1992:), A BITNET não tem uma administração única, as diversas redes mundiais que se ligam ao NJE são administradas pelos órgãos locais (Anexo II).
A USPNET, rede da Universidade de São Paulo, conecta os terminais dentro da universidade através de uma LAN (rede local) que por sua vez está ligada a uma rede nacional, a ANSP e dai, internacionalmente, está ligada à BITNET e a INTERNET. A estrutura no contexto de São Paulo é administrada pela FAPESP e a nível de Brasil pela RNP.
USENET
A instalação do sistema UNIX na Universidade North Carolina, possibilitou a comunicação de artigos entre múltiplos grupos e os usuários puderam, então, assinar esses grupos e receber os artigos. Algumas decisões foram tomadas em relação às interfaces a serem usadas e a possibilidade de se criarem sub-redes. Essa rede passou a se chamar USENET. Hoje a USENET é uma associação de sistemas descentralizada com mais de 10.000 grupos e milhões de usuários (SALUS, 1995:p.148).
Usenet é um imenso "bulletin board" ( quadro eletrônico) que permite encontrar a informação e quem a criou ou a distribuiu. Possui inúmeros "newsgroups" sobre os mais diferentes assuntos não acadêmicos, ELLSWORTH (1994:537) aponta-a como "uma rede de redes de notícias auto-regulável com regras para a criação e manutenção dos grupos". As mensagens são organizadas por categoria de assuntos. Pode-se fazer parte desses grupos acessando a Usenet através de um telnet a um local que tenha um "newsreader". O "newsreader" (leitor de notícias) é um programa que permite localizar os arquivos, selecioná-los e lê-los. "Tin" é um dos leitores de notícias mais populares, ler as mensagens e contribuir com artigos. Por exemplo, "alt.education.research" é um "newsgroup" sobre pesquisa em educação. Com a Usenet aparece um número imenso de comunidades virtuais que se comunicam sobre o que lhes interessa e, nessa comunicação, os fatores espaço, tempo, sexo, cor, etnia, não influenciam da forma que o fazem nas comunidades com encontros presenciais. É uma possibilidade para concretizar uma democratização da comunicação e da informação, desde que também as condições estruturais,culturais, educacionais para tal também se democratizam.
INTERNET
A INTERNET é "um sistema para apoiar a comunicação entre computadores", uma rede de redes que congrega agências de governos, entidades não governamentais, comerciais, associações culturais entidades de ensino e pesquisa.. Cada uma dessas redes liga milhares de computadores. Nessa última década, as redes de computadores têm servido às pesquisas educacionais e científicas, a realização de transações comerciais e financeiras e, nos últimos dois anos, às atividades de entretenimento e lazer. Os navegadores gráficos que permitem acesso ao texto, à imagem e ao som pelas redes, têm se sofisticado e hoje pode-se traçar um caminho pelos metrôs do mundo todo, ou fazer uma visita ao Museu do Louvre sem se sair do seu quarto, utilizando apenas, a sua linha telefônica e seu computador conectado a um provedor que lhe abrirá as portas do mundo virtual.
A National Science Foundation Network (NSFNet) é a estrutura básica da INTERNET. A INTERNET é regulamentada por uma seqüência de protocolos de comunicação. O sistema permite a comunicação de dados em tempo real.
Para a comunicação entre os microcomputadores e os computadores de grande porte é necessário haver os protocolos de comunicação. A USPnet, por exemplo, se comunica dentro do TCP/IP (Transmission Control Protocol/INTERNET Protocol), que é o protocolo da INTERNET.
Entre os serviços que a INTERNET oferece estão: correio eletrônico, ""login remoto" (telnet), isto é, consulta a um computador distante; ""FTP"" (file transfer protocol) que permite o envio e o recebimento de arquivos normais ou compactados, tanto de texto quanto de gráficos, e uma série de outros serviços.
A BITNET e a INTERNET são redes acadêmicas que podem ser utilizadas por professores e alunos das universidades de todo o mundo desde que tenham um código de acesso. No caso de redes comerciais, cujo direito de participação se consegue mediante o pagamento de tarifas mensais, além dos serviços acima citados, pode-se, também, enviar e receber fax e telex através das mesmas.
2.2.1 Serviços disponíveis nas redes internacionais de computadores
Muitos serviços estão disponibilizados na INTERNET, para agilizar as comunicações, tais como correio eletrônico, Telnet, FTP, Archie, Gopher, VERONICA (, WAIS, WWW, com seus navegadores, Lynx, Cello, Mosaic, Netscape, etc.
Analisarei a seguir, alguns deles, refletindo sobre sua utilização na educação.
Correio Eletrônico é um serviço que simula o correio regular. Isto é, o usuário tem um espaço na rede, a sua caixa postal, onde as mensagens, enviadas e recebidas em formato de memorando, são arquivadas. É um serviço de troca de correspondência entre usuários (um a um, um a vários ou vários a vários). Apresenta a possibilidade de participação em fóruns de debates, jornais eletrônicos ("e-journals").
Com o armazenamento e as várias linhas de distribuição, a mensagem caminha pela via mais livre e é armazenada em um grande computador para que, quando o destinatário estiver disponível, possa acessá-la e receber a mensagem.
O formato memorando é automaticamente assumido pelo sistema.
em que o usuário deve preencher, de início, um cabeçalho
com os seguintes ítens:
Date" (data) : incluída automaticamente. |
"To " (para) : "e-mail" (endereço eletrônico) do destinatário |
"From" (De) : identificação do remetente, colocado pelo sistema. |
"Subject" (Assunto): palavras-chave digitadas pelo remetente. |
Se você estiver mandando uma mensagem para outro nó deverá incluir tanto o código do usuário quanto o domínio: exemplo: "ibdccort@spider.usp.br". |
A mensagem pode ser enviada a uma lista pré-definida, por exemplo: "diretores". |
Quando o cabeçalho estiver completo, o conteúdo deve ser introduzido pelo teclado ou inserindo um arquivo previamente preparado com um editor de texto e gravado como texto, sem qualquer formatação. O texto deve ser digitado em código ASCII, isto é, sem acentuação, sinal de cedilha ou outros sinais fora dos reconhecidos por esse código.
A mensagem completa pode ser enviada aos destinatários, que poderão lê-la, respondê-la, apagá-la, imprimi-la, encaminhá-la a outro destinatário ou arquivá-la. O que significa "enviar"? Se ambos, destinatário e remetente usam o mesmo computador de tempo partilhado ( ou servido de rede local), enviar e armazenar uma copia da mensagem em um disco do sistema avisando o destinatário. No caso de um campus ligado por rede, a mensagem pode viajar de um remetente IBM através da rede departamental ao centro de computação do campus, que a transmite através de um UNIX, por exemplo, para outra rede departamental onde e acessada por um destinatário usando um Macintosh (QUATERMANN, 1991).
O endereço eletrônico, ou "e-mail", é composto de duas partes: o código do usuário ("usercode") e o domínio ("domain"): o nome da máquina à qual o usuário está ligado, nome da rede, da sub-rede e a sigla do país, ligados pelo sinal de arroba, @, que significa "at" (em). O endereço numérico é um número de 32 bits.
Este último campo do domínio, traz a sigla do país, se for nos Estados Unidos, esse campo do domínio se refere às diferentes áreas de atuação :
Exemplos nos quadros 1, 2, 3 e 4, a seguir
Quadro 1 "e-mail" fora dos Estados Unidos
ibdccort@spider.usp.br | mro@individual.puug.pt |
ibdccort : código do usuário | mro : código do usuário |
@ : "at" | @ : "at" |
spider : máquina | individual : tipo |
usp : instituição | puug : instituição |
br : país | pt : país |
Quadro 2 - Terminações dos domínios
nos Estados Unidos
"edu" - educacional | "com" - comercial |
"gov" - agências do governo | "net" - redes |
"mil" - militar | "nic" - centros de controle da Internet |
Quadro 3 - Exemplos de e-mails dos Estados Unidos
rboyum@usia.gov | alison@oar.net |
rboyum : código do usuário | alison : código do usuário |
@ : "at" | @ : "at" |
usia : nome da entidade | oar : nome da entidade |
gov : agência do governo | net : provedor de rede |
nueva@applelink.apple.com | v2095g@templevm.temple.edu |
nueva : código do usuário | v2095g : código do usuário |
@ : "at" | @ : "at" |
applelink : máquina | templevm : máquina |
apple : instituição | temple : instituição |
com : atuação comercial | edu : educacional |
Na BITNET, o domain é o nome da máquina, separado por ponto, do nome da rede local, pode vir o nome da rede regional e, ainda separado por ponto, a sigla do país ou simplesmente "bitnet". Ex: ibdccort@brusp.ansp.br ou ibdccort@brusp.bitnet:
Quadro 4 - Exemplo de e-mail da BITNET
ibdccort : usercode ou código do usuário
@ : em alguns sistemas a palavra "at" brusp : máquina a qual o usuário está ligado ansp : rede regional ( no Brasil) br : país |
Tanto para enviar como para receber o usuário deverá ter um endereço eletrônico ("e-mail") e uma senha (como se fosse a chave de uma caixa postal) para poder acessar esse espaço. Uma vez que o usuário (professor ou aluno) tenha um código de acesso, ao ligar o seu computador e acessar a rede, receberá no seu correio eletrônico toda a informação que lhe foi diretamente enviada, podendo, ainda, estar ligado a listas (fóruns de debates), ter acesso a teleconferências, quadros de avisos, e outros serviços de informações.
Os software de correio eletrônicos mais comuns permitem que o usuário manipule a mensagem, respondendo-a imediatamente e apagando-a, encaminhando-a para outro usuário, ou salvando-a para responder mais tarde. O Pine, é um aplicativo disponibilizado na Internet, que permite o envio de arquivos textuais (em ASCII) e arquivos binários (imagens, gráficos, textos formatados, etc, em formato BMP, TIF, DOC, XLS, etc). Permite ainda a construção de listas de endereços sob um pseudônimo para facilitar o envio de mensagens a grupo de pessoas, assim não se faz necessário listar o endereço de cada um toda a vez que lhes vai enviar uma mensagem. Esse artifício facilita a tarefa do professor, por exemplo, quando ele tem que enviar um comentário, um aviso ou uma tarefa a todo um grupo de alunos. Além de não precisar gastar com papel e selagem, ele economiza tempo pois tem que digitar apenas uma vez o texto. Por outro lado, terá mais tempo para fazer, através do correio eletrônico, orientações e comentários individuais.
Além do correio eletrônico permitir a troca de mensagens pessoais, pode ser usado como meio de comunicação escolar pois permite, por exemplo, o estudo em grupo a distância, o desenvolvimento de um projeto em parceria, a orientação de alunos a distância.
O comando "forward" (encaminhar) possibilita que um texto de interesse seja imediatamente distribuído a outros usuários. Dessa forma, agiliza-se a comunicação e disponibiliza-se maior quantidade de informação, não para ser memorizada como no velho paradigma educacional, mas para ser lida, analisada e servir de referência para solução de problemas e tomada de decisão.
Com o comando "Reply" o usuário (professor ou aluno) pode responder imediatamente a mensagem, dinamizando as trocas de informações, as correções e as orientações e reorientações.
Através das facilidades oferecidas pelo correio eletrônico, professores e alunos têm inúmeras possibilidades de interação. No caso da interação aluno-aluno, o trabalho colaborativo pode se desenvolver estando os alunos em suas próprias casas, ou, com um aluno estando, por exemplo, num centro de aprendizagem , em uma midiateca, e outro, ou outros alunos, em casa. As discussões sobre um trabalho que tenham que devolver em comum não exigirá que estejam todos juntos sempre em um mesmo local ou sala. Cada um poderá trabalhar na hora em que estiver disposto ou disponível enviando uns aos outros as suas pesquisas, podendo haver um encontro presencial para a conclusão geral. A comunicação professor-aluno também torna-se facilitada pelo correio-eletrônico. O professor pode enviar a todos um determinado comentário, ou tarefa geral, e a cada um, em particular, um comentário, uma orientação, uma avaliação individual. Mesmo a correção de tarefas escritas é facilitada, pois o aluno pode refazê-la assim que a recebe e reenviá-la em seguida, sem ter que esperar a ida a sala de aula.
Através do uso do correio eletrônico aplicado às atividades pedagógicas, os alunos , também, podem desenvolver atividades como a ler e compreender o que lê, responder, perguntar e argumentar.
O serviço de correio eletrônico encontra-se, atualmente, todo em Inglês uma vez que foi desenvolvido nos Estados Unidos e a língua internacional desse tipo de comunicação vem sendo o Inglês. Aos poucos, os programas de interface com o usuário começam a ser traduzidos nas diferentes línguas, mas para facilitar a comunicação através das redes internacionais, o Inglês é a língua usada nos sistemas automáticos. Uma outra característica desses programas básicos é que trabalham com o código textual ASCII e portanto não reconhecem sinais de acentuação gráfica e o c cedilha do português. Se o usuário tiver uma interface onde ele pode acentuar, deve lembrar que o destinatário receberá uma mensagem toda cheia de ruído (sinais estranhos) caso conte, apenas, com uma interface em ASCII.
O correio eletrônico possibilita, inclusive, o envio de arquivos fechados anexados à mensagem para que sejam abertos em programas apropriados no computador do destinatário. Professores e alunos podem desenvolver projetos utilizando as mais diversas mídias , pois há a possibilidade de digitalizá-las, compactar em um arquivo e enviá-las, anexadas ao texto.
Através do correio eletrônico, professores e alunos podem se inscrever em listas de discussão e desenvolver outras habilidades.
Listas de Discussão
Listas de discussão são fóruns de debate nas mais diversas áreas que reúnem indivíduos com interesses comuns para compartilharem suas experiências, indagações, indignações e descobertas. A maioria das listas tem um mediador que recebe e distribui as mensagens de cada usuário para todos os inscritos na lista, seguindo uma etiqueta que regula a participação dos inscritos. Essa etiqueta caracteriza-se por uma série de consensos de critérios de participação que respeitem as diversidades dos participantes. Há listas sobre educação superior, educação especial, Ensino Fundamental e Ensino Médio, ensino de línguas, artes etc...
Na área de educação, as listas de discussão permitem que educadores, seguidores das mais diversas abordagens, se encontrem "virtualmente" com outros que compartilham dos mesmos princípios e discutam as aplicações dessas abordagens. Ou, permitem que educadores de posicionamentos diferentes, discutam e argumentem a favor de seus princípios, e aprofundem seus conhecimentos na busca de argumentações favoráveis.
A participação em listas de discussão viabiliza-se por meio do seguinte procedimento: Uma vez com o "e-mail" do programa servidor da lista a que o usuário quer se associar, ele prepara uma mensagem colocando esse "e-mail" no local do destinatário, não escreve nada no item "Subject" e, no corpo da mensagem, digita: SUBSCRIBE NOME DA LISTA NOME DO USUÁRIO
Exemplo: To: majordom@nc-rj.rnp.br
SUBSCRIBE EDUCA Iolanda Cortelazzo
e envia como uma mensagem normal. Automaticamente seu nome estará inscrito nessa lista e, de imediato, o usuário recebe uma espécie de regulamento e instruções da lista, mensagem essa que deve ser impressa e guardada para consulta, se necessário. Essa mensagem, geralmente, introduz uma espécie de etiqueta e ética da lista em questão. A maioria das listas tem um moderador que administra a lista selecionando as mensagens que não estão de acordo com a "netiquette", instigando participações ou mediando possíveis conflitos. Todas as mensagens que chegarem a essa lista serão copiadas para o correio eletrônico do usuário. O usuário deve participar da lista, fazendo comentários, dando sua contribuição, respondendo a perguntas pertinentes e enviando suas próprias perguntas. Uma vez que o trabalho em rede significa participação, o usuário não deve apenas observar o que se passa. O programa servidor de lista registra automaticamente as participações de cada usuário e, alguns sistemas, desligam automaticamente o usuário que não participou durante um determinado período de tempo estabelecido pelo moderador ou administrador da lista.
Outra utilização das listas é a possibilidade de se ter uma espécie de clínica para educadores e professores. Toda vez que surge um problema para o qual a literatura pedagógica não apresente resposta, o educador pode lançar a sua consulta na rede e receber diversas respostas de educadores que passaram pela mesma situação, ou por situações semelhantes.
Pode também se caracterizar como um "centro de partilha uma vez que muitos professores relatam as suas práticas educativas bem-sucedidas com orgulho para que outros professores possam partilhar das mesmas e repensar as suas próprias práticas, acrescentando o seu traço pessoal característico, ou, então, frustrados, outros professores podem comentar seus fracassos, tentando descobrir com a ajuda da discussão com os colegas profissionais, onde houve falha e superá-las.
As listas de discussão apresentam ainda a possibilidade de orientação de trabalhos em grupo a distância. Por exemplo, em cursos com aulas muito espaçadas uma das outras, os professores podem criar uma lista com seus alunos e mantê-los em contatos uns com outros através de uma orientação permanente, com atividades colaborativas em que os alunos possam se comunicar pela rede. Os encontros servem então para resolver dúvidas gerais e gerar interação maior na reflexão dos problemas surgidos no processo de aprendizagem em relação a determinado conteúdo, bem como de problemas específicos de aprendizagem ao invés de ser encontros para receber passivamente um conteúdo sistematizado, formatado, estático organizado pelo professor para todos os alunos de uma só perspectiva.
Na formação contínua de professores, as listas de discussão podem ser particularmente úteis. Os professores, na busca de listas que lhes possam interessar, podem desenvolver atividades de exploração e de análise dos diferentes tipos e participantes dessas lista, podem assinar uma lista e participar dela, fazendo comentários, indagações, dando respostas, contribuindo de alguma forma para a construção de um conhecimento mais grupal, mais coletivo a respeito de seus trabalhos educativos junto aos alunos. Dependo dos interesses e do comprometimento do professor, há, sempre, possibilidades de ele propor uma lista, desenvolvendo, então atividades tais como planejamento, projeto, compilação de dados, gerenciamento da lista no âmbito da educação.
O procedimento para se utilizar esse programa é o seguinte: o usuário pode tanto digitar "telnet" e o nome do domínio de um computador remoto (exemplo, "telnet piaget.futuro.usp.br"), como usar a tecla "ESC" e no "prompt" telnet> digitar open piaget.futuro.usp.br e pressionar a tecla "enter". Será imediatamente solicitado o "login" (código do usuário) e uma vez submetido o "login", pede-se a senha (password). Para se sair de uma ligação e ir para outra, digita-se o comando "close" e pressiona-se a tecla "enter". Digita-se "open" e o novo domínio que se quer abrir. Para se sair de uma ligação a um computador remoto, digita-se "quit", no "prompt" "telnet".
Uma vez que o professor disponibilize endereços de bancos de dados específicos sobre os assuntos que estão pesquisando aos seus alunos, eles poderão fazer essa pesquisa a distância e obter informação mais variada e atualizada para posterior discussão em classe comparando as diversas descobertas e chegando às conclusões em conjunto sob a orientação do professor.
Desenvolve-se, então, o utilitário Archie, que é um programa de procura em índices de locais de "FTP público" para localizar arquivos, com uma determinada seqüência no título, disponíveis para "FTP" na Internet. A cada mês, o servidor Archie central atualiza-se com uma cópia dos diretórios de arquivos de todos locais de "FTP" participantes do projeto Archie; armazena uma cópia no seu super-diretório e envia uma cópia a outros servidores Archie. O usuário submete uma palavra-chave ou uma série de palavras-chave e os servidores devolvem uma lista com os arquivos que contém aquela seqüência. Todos os servidores tem a mesma época de atualização, portanto se recomenda que se submeta a pesquisa ao servidor mais próximo do local de consulta. Uma vez com a lista em mãos, o usuário pode buscar o arquivo que lhe interessar com "FTP anonymous" na solicitação de "login" e o seu "e-mail", na solicitação de senha (password)(ROSS, 1995:51,306).
O procedimento para o uso do "FTP" é o seguinte: No "prompt" da Internet, % ou $, digite ftp una.hh.lib.umich.edu (domínio do provedor onde está o arquivo, neste caso Universidade de Michigan). O programa vai solicitar do usuário o seu código, digitar "anonymous" e pressionar a tecla "enter". Aparecerá a palavra "password", frente a qual deve-se digitar o seu "e-mail" (endereço eletrônico). Aparecendo o "prompt" FTP>, e tendo toda a seqüência do caminho para se chegar ao arquivo, digitar "get /pub/software/dos/utilities/artarch:robinson". Explicando melhor, "pub" é o diretório, "software", "dos" e "utilities" são subdiretórios e artarch:robinson" é o arquivo sobre Arte e Arquitetura de autoria de K. Robinson que o usuário acabou de transferir para seu provedor. Se o programa "FTP", for uma "interface" gráfica e estiver disponibilizado numa plataforma Windows, a transferência é feita diretamente para o computador do usuário. Se ao invés de apenas um arquivo, ele quiser transferir vários do mesmo diretório, ao invés de "get", ele pode digitar "mget * " e a cada apresentação do nome de um arquivo, o usuário digitará "y", se ele quiser transferir, ou "n", se não quiser transferir.
Da mesma forma, se o usuário quiser disponibilizar um arquivo para um específico banco de dados, ao invés de usar o comando "get" (pegue), ele deverá digitar "put" (ponha).
Os professores e alunos podem usar esse serviço para pesquisar sobre determinados assuntos na rede e obter as informações de bancos de dados muito distantes em um tempo muito curto, e, dependendo das conexões, em minutos. Podem, também, elaborar projetos com texto, imagem e som e disponibilizá-los em um diretório público (/pub/) para outras instituições através do "FTP". Dessa forma a atualização das informações também ocorre em muito menos tempo.
Outros estudantes desenvolveram os seus próprios "Gophers"com os caminhos mais comuns para as necessidades e interesses de suas instituições.
O procedimento para o uso do "Gopher" é o seguinte: no "prompt" da Internet : % ou $, digitar "Gopher" e observar a conexão se estabelecer. Ler o menu que se apresentar e com a tecla de seta para cima e para baixo localizar o local para onde quer ir e pressionar a tecla "enter". Os comandos "q" e "u" são, respectivamente, para sair e para voltar à da conexão anterior. Ao alcançar uma informação que deseja guardar, se o usuário estiver em seu próprio área da Internet, deve digitar "s" e preencher a linha que aparecer na tela com um nome de arquivo de até 8 dígitos, pressionar a tecla "enter" e o arquivo será salvo; se ele estiver na área de outra pessoa ou se quiser enviar o conteúdo da tela para outra pessoa, deve digitar "m" e preencher com o "e-mail" correspondente e pressionar a tecla "enter", o arquivo foi enviado. As interfaces gráficas já trazem todo o procedimento automatizado, bastando "clicar" nas opções e seguir a orientação própria da interface para salvar ou enviar.
O "Gopher" permite a busca e recuperação de dados em bancos de dados em universidades. bibliotecas, instituições governamentais, etc. disponibilizadas digitalmente. Através do VERONICA, usando uma busca booleana, com os operadores and, or, not, o usuário pode fazer um levantamento de arquivos com materiais de seu interesse (por exemplo, digitando: educação and arte not pintura, o VERONICA, localizará os arquivos sobre educação e arte, mas não os que se referem a pintura). Essa ferramenta facilita, assim, o levantamento, limitando-o aos arquivos que, realmente, possam interessar.
LYNX: criado na Universidade de Kansas e permite pesquisar e se comunicar na Internet em modo texto (ASCII).
CELLO, criado no Legal Information Institute na Cornell University e permite navegar na Internet via Windows, utilizando as facilidades audiovisuais dos microcomputadores.
MOSAIC criado no National Center for Super-Computing Activity na Universidade de Illinois e permite navegar na Internet via Windows, também utilizando as facilidades audiovisuais dos microcomputadores.
NETSCAPE Navigator, é um navegador da WWW, criado.pela Netscape Communications Corporation., para onde foram os principais projetistas do Mosaic, aperfeiçoando este navegador e introduzindo novas características que melhoraram a navegação do usuário pela "Web". Esse navegador traz para o computador do usuário, as "home-pages" dos sítios pesquisados e oferece facilidades para a transferência de som, imagem e texto diretamente para o computador do usuário.
Em termos de educação, abriu-se com esses navegadores, uma imensa oportunidade de pesquisas em bibliotecas, Museus de Arte e de História, Museus de Ciências, Museus de História Natural, etc. Os professores precisam conhecer e aprender a manipular esta ferramenta, pois os estudantes que tem, acesso à Internet, já passam horas "surfando" nas suas páginas.
Na WWW, foram instalados programas de procura, conhecidos como "Search Engines", que oferecem um menu de assuntos em hipertexto e um espaço para a palavra chave ser digitada. Algumas das "Search Engines" mais comuns são o Yahoo e Altavista. O usuário pode escolher uma opção e terá indicações de todos os sítios onde aquela palavra aparece, em grupos de dez em dez em ordem descendente de importância. A Figura 1 mostra a "home-page"da "Alta Vista Search" na WWW.
Figura A- "Home page "da "Search Machine" Alta Vista na WWW
As mesmas possibilidades desenvolvidas com o "Talk" podem ser aqui ampliadas com este programa uma vez que ao invés de envolver apenas dois interlocutores, pode ter a participação de quantos queiram e das mais diferentes regiões do mundo. Muitos projetos estabelecem um determinado horário para seus participantes se comunicarem e desenvolve-se uma comunicação "on-line" cujo resultado textual da tela poderá ser gravado para referencias e debates posteriores.
Existem cinco tipos de teleconferências que podem ser usadas de modo integrado: audioconferência; audioconferência com suporte de imagens congeladas; videoconferência; conferência através de quadro eletrônico; conferência via computador.
A audioconferência caracteriza-se por ser uma comunicação entre dois ou mais grupos distantes no espaço entre si e vem sendo realizada através da linha telefônica, utilizando-se aparelhos viva-voz em todos os pontos de comunicação. Embora a comunicação não tenha a contribuição das linguagens corporal e gestual, pois apenas se ouve a voz, pesquisas demonstram que esse tipo de teleconferência é eficiente, atingindo 75% de comunicação efetiva e pode complementar outros tipos, tais como a teleconferência por computador.
A audioconferência pode ser enriquecida pela transmissão de imagens congeladas através do sistema de "camera-phone", que integra uma câmara de vídeo à linha telefônica e ao aparelho de TV.
Esse é um meio que pode ligar alunos de regiões diferentes
em que os computadores ainda não estejam disponíveis e cuja
tecnologia não permite a videoconferência. Há experiência
realizadas, nessa modalidade de teleconferência como, por exemplo,
uma que ajudei a realizar e na qual "Dois grupos
de adolescentes portadores de cancer, de cidades diferentes interagem através
de uma experiência pioneira de teleconferência e dividem emoções,
medos, expectativas e conquistas pessoais. É a troca de conhecimentos
vivenciais, em ajuda mútua para superarem suas dificuldades. (...)
Os grupos utilizam dois "camera phones", duas câmeras, dois aparelhos
"viva voz", duas linhas telefônicas e comunicam-se, mesmo estando
a 100km distantes um do outro" (MONOLESCU,
1991).
Os participantes dessa experiência continuaram a se comunicar
por algum tempo através do correio comum ou do telefone. Uma vez
que professores se apropriem dessa tecnologia de comunicação
uma rede pode ser estabelecida entre escolas das diversas regiões
da cidade, do estado ou do país.
A rede de computadores permite a realização de outros tipos de teleconferências síncronas e assíncronas com especialistas sem a necessidade de sua presença física real. A teleconferência síncrona prevê a presença de um conferencista por um determinado espaço de tempo a frente de um computador ligado à rede internacional, de onde ele fará sua breve exposição e disponibilizar-se-á para as respostas e comentários vindas pela rede das mais diversas partes do mundo. A teleconferência assíncrona, por sua vez, poderá abranger um maior número de participantes, uma vez que o teleconferencista estará a disposição de comentários, indagações e dúvidas por um espaço maior de tempo ( de dias a meses). Um exemplo dessa modalidade de teleconferência ocorreu em Utrecht, em 1994, onde se realizou a conferência presencial "Computers in Writing" nos dias 17 a 23/10. Os organizadores disponibilizaram aos participantes ou aqueles que não poderiam se deslocar até Utrecht, a teleconferência no período de 1 a 30 de outubro. Foram criados vários fóruns de debates, disponibilizados banco de dados, e, até, um bar virtual, onde as pessoas de todo o mundo se encontravam nos "intervalos" entre os fóruns.
As vantagens dessa teleconferência por computador resumem-se em economia de tempo e dinheiro, disponibilização dos conhecimentos de alguns especialistas a maior número de professores e alunos , maior rapidez nas trocas de experiências e novas descobertas.
A teleconferência síncrona via computador pode ser enriquecida com o quadro eletrônico e com o fax. Com a rápida diminuição do custo desse equipamento, é possível enriquecer a natureza comunicacional da teleconferência já que tudo o que é escrito pelo conferencista no seu quadro eletrônico fica disponibilizado nas telas dos computadores dos participantes.
A videoconferência que se caracteriza por ser comunicação a distância com transmissão de imagens em moção total pode ser realizada com comunicação através de satélite, de TV a cabo ou via redes de computadores. Nos Estados Unidos, na Europa, nos países africanos cuja presença britânica foi marcante e onde se desenvolve um ensino a distância via satélite, é comum a prática de videoconferência. As vantagens que essa modalidade provê fazem com que se almeje continuar a sua prática. Entretanto, faz-se necessário o desenvolvimento de uma infra-estrutura técnica avançada ainda não comum nos países em desenvolvimento.
Em um congresso internacional realizado em São Paulo, agendou-se uma videoconferência com um estudioso da ciência da cognição e foi frustrante para centenas de pessoas esperarem por horas que se completasse a ligação entre Estados Unidos e São Paulo. Este fato demonstrou mais uma vez e corroborou com a tese de que as mídias não se substituem mas se incorporam numa real rede de mídias. O professor ao organizar uma videoconferência para seus alunos pode preparar uma introdução ao assunto a ser debatido com o videoconferencista, através de um vídeo previamente enviado por esse conferencista; deve ainda ter preparado o equipamento necessário para a audioconferência, pois se o sistema de vídeo falhar, será imediatamente substituído pelo de voz, poderá ainda ter uma seqüência de transparências sobre o assunto preparada para eventual falha do videocassete, e ainda por último, estar ele próprio professor preparado para debater, estimular reflexão e realizar o encontro com seus alunos sobre o tema, no caso de toda a tecnologia eletrônica falhar.
A teleconferência é uma tecnologia de comunicação que contribui para a prática de ensino a distância e que poderá ser empregada nos cursos e oficinas de formação de professores. Dependendo de seu nível, a teleconferência pode ser mais ou menos interativa, mas de qualquer forma os professores podem atuar nessas modalidades, não como meros espectadores mas sim como participantes como se estivessem, fisicamente, todos no mesmo espaço.
A possibilidade da comunicação também ser assíncrona, facilita o acesso à informação. O professor terá a informação na tela do computador, por exemplo, a qualquer hora que ele tenha disponibilidade para ligar o computador. Ainda que esteja num fuso horário diferente do Centro de Ensino poderá lançar a sua questão, o seu problema, ou a sua sugestão, o seu comentário, que ficará armazenado para que tanto especialistas como outros professores possam tomar conhecimento. No caso de uma escola ter apenas um computador, pode-se indicar uma pessoa que ficará responsável pelo acesso direto às redes. Os professores, nesse caso, lançam suas dúvidas, sugestões ou comentários e o responsável recebe a informação imprimindo-a e colocando no quadro de avisos na sala dos professores. Assim, a informação estará disponível a todos os professores e não só aqueles que acessarem o computador..
A rede de computadores é uma possibilidade comunicacional e informacional para o desenvolvimento tanto de professores quanto de alunos durante processos de ensino e aprendizagem nos quais o mundo real torna-se reapresentado dentro da sala de aula ou da sala do professor para novas percepções e discussões. Alunos e professores, das mais diferentes regiões do mundo podem se comunicar num encontro a distância, aprendendo e valorizando muito mais a cultura, a geografia, a história e a arte de seu próprio povo e de outros povos, compartilhando suas vitórias e seus fracassos, suas experiências tristes ou alegres e sobretudo aprendendo como elaborar e praticar um viver de melhor qualidade humana.
Há professores que já participam de rede de computadores e sentem-se entusiasmados com a troca de suas experiências e reflexões com professores de outras regiões. Entusiasmam-se, também, com a rapidez e volume de novas informações que passam a receber e buscam disponibilizá-las para as aprendizagens de seus alunos nas escolas. Para a realização de pesquisas sobre o desenvolvimento das aulas e cursos, esse é um suporte fundamental, pois permite ao professor a troca de informações com seus colegas tão logo novos resultados surjam em suas salas de aula, podendo também esclarecer dúvidas e buscar soluções para problemas didáticos e pedagógicos quase que imediatamente.
Uma outra vantagem da comunicação entre professores por rede de computadores é que se cria e se praticam agrupamentos interagentes de aprendizes sobre os cursos e as aulas que desenvolvem junto aos alunos nas escolas. Aqueles docentes menos experientes e tímidos no trabalho profissional em escolas podem se sentir mais à vontade para colocarem as suas dúvidas ou comentários que serão acessados tanto por iniciantes como por especialistas em educação escolar. Em cursos de atualização, seminários e congressos, os professores iniciantes, aqueles não tão bem preparados e/ou que estão distantes da pesquisa científica em educação, comunicação e áreas de conhecimento humano, evitam perguntar, participar de discussões, compartilhar suas experiências diante da presença marcante de especialistas. Essa barreira pode ser quebrada, dentre outros modos, através da comunicação em rede.
As opiniões, comentários e informações dadas pelos especialistas nessas áreas educativas, ao serem disponibilizadas a toda comunidade, muito rapidamente, em redes de computadores redimensionam a espera, por exemplo, da revisão de editoras, de publicação e de divulgação em outras mídias para que se conheçam as mais recentes descobertas e discussões no campo do ensino e aprendizagem. Em outras palavras, muitas das informações comunicadas em rede, já podem ser assimiladas, atualizadas, enquanto aguardam seus desdobramentos e articulações em outras mídias.
O envolvimento de professores nas redes de comunicação por muitas mídias integradas lhes possibilita contar com diversas informações sobre o mundo cultural e suas articulações com a realidade em que vivem, professores e alunos, desde as primeiras séries de educação infantil (pré-escola ), do Ensino Fundamental (primeiro grau) e permite dar continuidade aquela curiosidade tão frequente nas crianças antes de entrarem para a escola. Curiosidade esta, muitas vezes, abafada e sufocada por posturas e currículos escolares rígidos e distantes do cotidiano e por ausências de possibilidades de acesso a midiatecas mais organizadas e atualizadas em mídias de diversos tipos e registros de informações sobre o mundo e a cultura.
Não restrinjo às crianças, antes amplio para a formação e desenvolvimento dos professores o que PAPERT (1980:7) diz em relação à criança "construtora": "Todos os construtores precisam de material para construir. Onde eu discordo de Piaget é no papel que eu atribuo às culturas que nos rodeiam como fontes de materiais. Em alguns casos a cultura fornece uma abundância de materiais, então facilitando a aprendizagem construtivista piagetiana.... Mas em muitos casos onde Piaget explicaria o lento desenvolvimento de um conceito particular pela sua maior complexidade ou formalidade, eu vejo o fator crítico como a relativa pobreza da cultura naqueles materiais que tornariam o conceito simples e concreto. Outras culturas podem fornecer os materiais, mas bloquear o seu uso". Portanto, se for melhor permitido aos professores que suas experiências se ampliem ao mesmo tempo em sua escola e para além dela, expondo-os a outras culturas de aprendizagem , tornando-os continuamente novos aprendizes de sua profissão de educadores intencionais junto aos alunos , eles certamente criarão novas possibilidades de construção cooperativa e colaborativa de saberes, de conhecimentos sobre as linguagens, as ciências, as artes, com seus alunos.
O uso das redes de comunicação no ensino possibilita levantamentos de necessidades e interesses dos professores frente ao trabalho educativo com alunos , planejamento e planos de cursos que respondam às suas expectativas, de modo que eles possam continuar a se desenvolver em serviço; a participar de oficinas pedagógicas sem terem que sair de suas escolas ou casas e que aqueles professores de cursos de magistério e das disciplinas de licenciatura já exerçam essa prática com os futuros professores.
O trabalho em rede comunicacional, no sentido mais amplo, vem acontecendo há muitas décadas tanto na área de preparação de professores quanto nas mais diversas áreas da Educação no Brasil. Em outras palavras, esse trabalho vem se dando através de freqüentes encontros, simpósios, conferências, oficinas que se realizam por todo o território nacional, bem como internacionalmente. Existe também muitos periódicos impressos que abordam assuntos pedagógicos e educacionais que deveriam ser do interesse de professores e alunos. Entretanto, apenas uma minoria de professores pode participar efetivamente, apresentando trabalhos ou fazendo parte de grupos de estudos ou ainda como observadores, colaboradores e/ou leitores. Não há uma tradição de leitura de periódicos impressos especializados e mesmo de textos em áudio e vídeo porque além de não haver muitas publicações nacionais difundidas e bem feitas, nem haver ainda midiatecas escolares com acervos representativos e atualizados quer para a consulta de alunos, quer de professores, o orçamento do professor não comporta esse "gasto" que na realidade deveria ser encarado como investimento.
Por outro lado, o Brasil é tão grande, e longas distâncias significam custos de tempo e dinheiro. É muito difícil aos professores manterem-se atualizados, pois além dessas distâncias e dos custos, a maioria dos professores têm muitas atividades burocráticas e tantas horas de trabalho que raramente têm tempo para ler e interpretar os periódicos impressos, os áudios e vídeos, escrever artigos, enviar ou responder cartas ou trocarem sugestões sobre suas atividades didático-pedagógicas, mantendo e alimentando essa rede de comunicação entre profissionais da mesma área; os professores também não têm o hábito e tempo de freqüentar bibliotecas nem midiatecas (que incluem as bibliotecas) nem fazer uso de bancos de dados.
Em relação aos alunos o quadro é pior. Embora algumas escolas também desenvolvam uma espécie de trabalho de redes comunicacionais com seus alunos (encontros e trocas de correspondências, etc.), essa tarefa também leva muito tempo para acontecer e quando acontece, professores e alunos já estão desapontados ou desinteressados. Há poucos periódicos impressos, áudios, vídeos, audiovisuais atraentes e motivadores que envolvam os alunos e os levem a formar uma rede comunicacional de alunos enquanto sujeitos ativos com mídias e sua veiculação de idéias, emoções, significados culturais.
No século XXI que se aproxima, torna-se urgente assumir que com o advento das tecnologias de informação , de comunicação e a expansão das telecomunicações, uma grande possibilidade se abre, também, para a educação mais intencional em escolas: a criação de midiatecas atualizadas onde os alunos tenham disponíveis não só livros, periódicos, obras de referência, mas, também, discos, fitas de vídeo, fitas de áudio, diapositivos, software, CDs, CD-ROM que possam ser consultados em equipamentos próprios no espaço da midiateca ou poderão ser emprestados para consulta em suas casas, além de disponibilidades de terminais de computadores que permitam acesso a todo o serviço da Internet a alunos e professores. Dessa forma a comunicação escolar passa a inserir-se, de maneira mais adequada, na produção mais contemporânea da comunicação social inclusive envolvendo aqueles alunos oriundos das camadas menos privilegiadas da sociedade. A escola passa a ampliar suas oportunidades de cumprir uma de suas funções que é a de contribuir para que os indivíduos, em igualdade de condições, tenham oportunidade de conhecer, discutir, sentir, informar-se mais sobre o mundo em que vivem e sobre a história produzida pela humanidade
Muitos de nós pesquisadores e educadores atuantes nessa área, constatamos que a reação ao computador e às redes de computadores tem sido semelhante aquelas constatadas por MARVIN(1990:4-6) - em pesquisa sobre o final do século XIX - manifestadas em relação à invenção do telefone, uma nova tecnologia que permitia a comunicação bidirecional e que era vista como um perigo para as culturas locais e que poderia favorecer uma visão monocultural do mundo. A história dos meios eletrônicos, MARVIN afirma , "é menos a evolução das eficiências técnicas na comunicação do que uma série de arenas para negociação de questões cruciais à conduta da vida social; entre elas, quem está dentro e quem está fora, quem pode falar e quem não pode, e quem tem autoridade e em quem se pode acreditar".
Os mesmos problemas de globalização, multiculturalismo e xenofobismo se apresentaram naquela época. Como na atualidade, acreditava-se que eram experimentos caóticos e criativos que simplificariam a variedade cultural do mundo em "mais familiar e menos ameaçador". Conforme MARVIN (1990:5-6) relata "novas formas de encontros colidiram-se com velhas formas de se determinar confiança e confiabilidade e com velhas noções sobre o mundo e o lugar de cada um nele: sobre as relações homem-mulher, pobre e rico, branco e negro, europeus e não europeus, especialistas e públicos ". O referido autor chama, também, a atenção para o fato de que a tendência era para o uso de uma só língua e esta seria o Inglês. De fato, a língua internacional de comunicação via redes de computadores vem sendo o Inglês, mas dentro dessas redes há sub-redes que conservam as suas línguas oficiais. Na verdade, estamos percebendo aparecer os grupos que se unem pela língua falada em seus países. Quando se fala de educação e redes comunicacionais entre professores , não se pode deixar de lembrar a "kidleader", que surgiu a partir da Kidlink e se apresenta hoje desmembrada de acordo com a língua falada e escrita pelos elementos que a constituem, por exemplo a kidleader-portuguese, cuja língua é o português ou kidleader-spanish, cuja língua é o espanhol. Isso não impede que esses, mesmos elementos participem da "kidleader", cuja língua é o Inglês. Ao contrário, conseguiram-se voluntários que traduzem as mensagens nas mais diversas línguas para o inglês e vice-versa, fazendo com que as pessoas se comuniquem mas mantenham as suas características individuais, étnicas e culturais. A Figura 2 mostra a "homepage" do KidLink na WWW.
As telecomunicações podem ser, segundo MULLIGAN E GORE (1992,379:384), um dos pontos chave para se construir mais comprometimento e responsabilidade sociais em um mundo, cujas possibilidades comunicacionais em diferentes distâncias tornam-se mais realizáveis e onde a sobrevivência e a qualidade da vida humana encontram-se ainda comprometidas, Essa "aldeia" que se comunica a grandes distâncias oferece aos alunos oportunidades de, também, se comunicarem para além das quatro paredes das escolas e das suas moradias, compelindo-os a estarem atentos e a participarem de uma produção mais coletiva de um mundo natural e cultural aperfeiçoado para a vida humanizada de todos.
As resistências e os medos às transformações e à introdução de novas tecnologias têm sido comuns em toda a parte. Entretanto, há que se preparar para o desafio. A escola deve atuar, participar e contribuir nessas mudanças e transformações ao invés de ser "arrastada" por elas. Nesse sentido, EDWARDS (1994:49) conclama professores a desempenharem um trabalho urgente, inventando uma mistura de educação e tecnologia que "produzirá um sistema educacional de classe mundial" ajudando a preparar os jovens para o mundo de amanhã mundo esse que é e deve ser construído desde hoje, e com responsabilidade sustentável para o exercício da cidadania por todos (não penas por alguns privilegiados).
Figura B - "Home page" do KidLink na WWW
As vantagens da utilização das redes de computadores para
a comunicação em relação ao telefone, são
destacadas por COONER (1992:195), ressaltando
a possibilidade do armazenamento da mensagem que poderá ser recuperada
depois que se teve tempo para refletir sobre uma questão que ela
apresenta. O seu testemunho é significativo uma vez que em 1992,
ele usava um sistema com serviços muito aquém dos atualmente
disponibilizados, mas de forma eficiente e eficaz, "Eu tenho usado a
BITNET para juntar programas de conferências; ajudar outras três
pessoas em outras partes do mundo escrever pedidos de fundos; localizar
e receber software uma hora e meia depois de ter percebido que precisava
do mesmo; trocar idéias com outras pessoas trabalhando em projetos
semelhantes aos meus e tomar conhecimento de oportunidades de publicações
de projetos nos quais estava trabalhando no momento".
Procurei explicitar até o momento fundamentos e relacionamentos
entre alguns conceitos e termos técnicos para que se possa entender
melhor as conexões referentes às redes de comunicação
e a educação nas atuações formadoras de professores
para um trabalho telemático educativo. A partir destas considerações,
e dos dados coletados e analisados, busco, no próximo capítulo,
descrever de forma analítica e reflexiva alguns relatos de trabalhos
educativos telemáticos tanto fora como dentro da América
Latina, e em especial, no Brasil, indicando algumas diferenças,
semelhanças e ausências que poderão nortear futuras
atuações e pesquisas.
iolanda@boaaula.comb.br
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