"As mudanças no papel do computador - de oráculo enclausurado  para ferramenta pessoal e agente - apareceram em ondas distintas que podem ser ligadas às mudanças de paradigmas, termo pelo qual Thomas S. Kuhn, um filósofo do M.I.T. (Instituto  Massachusetts de Tecnologia), descreve a revolução no pensamento científico. Os paradigmas de computação tornaram-se possíveis  devido a aperfeiçoamentos estáveis em diversas tecnologias, ao mesmo tempo que houve  um amadurecimento de mercado. Parecem ter acontecido em intervalos de uma década.
O paradigma do computador original foi inventado no final da década de 1940, quando a calculadora programável foi desenhada como uma ferramenta de engenharia;  tornou-se prática comercialmente na década de 1950. A primeira mudança surgiu na década de 1960, quando o computador foi adotado como máquina de processamento de dados pelas corporações. A segunda mudança veio em 1970, quando os serviços do computador foram  compartilhados entre muitos assinantes. A terceira mudança, na década de 1980, transformou o computador em uma ferramenta de produtividade  que o indivíduo podia ter na sua mesa de trabalho. A quarta mudança, está agora a caminho (o texto foi escrito em 1991). Seus anunciadores são os aparelhos "laptops"ligados à rede e os calendários eletrônicos - máquinas móveis que eu chamo de "pericomputadortes".  "Pericomputdores" são valiosos tanto para as ações limitadas que eles podem desempenhar sózinhos, como o acesso, que eles  permitem,  a um mundo de informações eletrobicamente integrado. Cada mudança alterou, fundamentalmente,  a forma como as pessoas percebiam os computadores. Na década de 1960, por exemplo, o poder da computação era dispendioso e as questões tinham que ser arrumadas de acordo com a conveniência da máquina.. Os dados tinham que ser processados em enormes "pacotes" (batches) para que a tecnologia se pagasse. Somente granes organizações poderiam gerar tais "pacotes" (batches). As empresas podiam, por exemplo, rodar uma folha de pagamento para processar os cartões de ponto de uma semana,  daí, carregar, imediatamente, outro "job"  - um programa acompanhado de seus dados - no computador. Os "jobs"eram codificados em cartões perfurados ou fitas magnéticas, e os resultados eram distribuídos em "listas" impressas em papel perfurado. O computador parava a qualquer erro encontrado no programa ou nos dados e devolvia  o "job" com problema para o cliente  para as correções. Um processo irritante quando reiterado por horas, ou mesmo por dias. " Na década de 1970, o compartilhamento de tempo tornou o processamento de dados mais disponível pois permitia que muitos assinantes dividissem o custo do computador. Isso foi feito adaptando o sistema operacional (pelo qual o computador coordena suas atividades internas) de forma queele dividia a atenção da máquina entre tais "tarefas" à medida que interagia com um usuário específico em um terminal. O computador pularia de uma tarefa para outra em intervalos que variavam de menos de um um décimo de segundo a um segundo, depenendo do tempo de carregamento do trabalho a cada  vez. Os computadores tornaram-se mais fáceis de serem usados pois eram alcançados  em um terminal e interrogados em tempo real."

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