INTRODUÇÃO
Ir à escola e dedicar a ela um período de tempo em local
estruturado, seguindo regras sócio-culturais e educacionais, faz
parte da vida de todos os que têm a oportunidade de freqüentar
uma instituição escolar.
Esta realidade, no entanto, vem mudando, e, segundo o Professor Cassiano
Zeferino de Carvalho Neto “haverá tempo em que a escola, a casa
do aluno e o mundo constituirão os lugares da Educação”.
O avanço tecnológico e os novos meios de comunicação,
estão mudando a realidade escolar, pressionando o sistema no sentido
da construção de uma Sociedade da Informação,
que facilite o acesso ao conhecimento.
Neste sentido, a Educação a Distância, vem como
resposta a esta necessidade social.
BREVE HISTÓRICO
As primeiras experiências em EAD datam de 1813 e sua institucionalização
ocorreu no final do século XIX, com a criação de universidades
em vários países da Europa: Universidade Aberta da Grã-Bretanha
(Open University), a Universidade de Wisconsin, a Fernuniversität
na Alemanha, a UNED na Espanha, que apresentaram propostas de qualidade
e transformaram-se em modelos de ensino a distância.
Mais recentemente na América Latina podemos citar a Universidade
Aberta da Venezuela, a Universidade de Estatal a Distância da Costa
Rica, a Universidade Autônoma do México, o Sistema de Educação
a Distância da Universidade de Brasília (UNB), entre outros.
No Brasil podemos citar também outras instituições
que ofertam EAD: a Universidade do Anhembi, Universidade Virtual, Unicamp;
em Curitiba temos a Universidade Federal do Paraná, Universidade
Eletrônica do Brasil, PUC – PR, FAE e a partir de março de
2002, iniciamos a implantação de EAD na Universidade Tuiuti
do Paraná.
Apesar de todos estes anos, com experiências muito bem sucedidas
em alguns países, a EAD sofre resistências e preconceitos.
A grande preocupação é com a qualidade do ensino
e com o compromisso do professor com a Educação e a obrigatoriedade
de apropriar-se de ferramentas tecnológicas (que lhes são
desconhecidas), Quanto ao aluno a preocupação é com
o modelo de educação mais focado em sua disciplina, com a
auto-aprendizagem e com a regulação de seu tempo de estudos,
antes bem determinado pelo modelo presencial (local e horários).
A EAD, apoiada no avanço tecnológico, nos faz vislumbrar
um modelo educacional, que não tem mais volta; isto é, um
modelo que veio para ficar, porque vem dando respostas positivas para o
mundo contemporâneo.
Ao atingir um número maior de pessoas que não têm
condições de frequentar a escola, da forma como ela se apresenta,
por questões de tempo, distância, fatores econômicos,
e outros, a EAD vem sendo vista como um modelo
transformador do paradigma atual presencial: professorXaluno face a face
desenvolvendo competências e habilidades.
O objetivo primordial da EAD, é a (re) significação
de um paradigma educacional, que não responde mais aos anseios e
perspectivas deste século, principalmente para a população
adulta.
Dr. Santiago Castilho Arredondo, titular da UNED / Madrid / Espanha,
propõe uma definição para EAD: “A educação
/ ensino a distância, é um sistema didático-tecnológico,
organizado para promover / facilitar o processo de ensino-aprendizagem,
a um número massivo de alunos, individuais e autônomos, separados
e dispersos, sem a presença física simultânea do professor,
dotada de recursos docentes, administrativos e de serviços necessários,
que possibilitam a intercomunicação bidirecional entre professores
e alunos; mediante a utilização de meios didáticos
específicos e a aplicação dos novos recursos tecnológicos
e o apoio assistencial do Professor Tutor”.
No entanto, não podemos incorrer no erro de pensar que a EAD
vai solucionar todos os problemas educacionais brasileiros.
Ela pode sem dúvida nenhuma auxiliar a grande massa de brasileiros
– jovens e adultos – que necessitam de alfabetização; que
necessitam se profissionalizar e/ou reciclar, diante das exigências
de um mundo em constante mudanças, ampliando oportunidades de estudo
e emprego.
Assim sendo, a EAD tem uma proposta metodológica e um sistema
de avaliação diferente do modelo presencial.
METODOLOGIA
EDUCAÇÃO, ENSINO OU APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA?
Educação a Distância é uma modalidade
que, embora feita a distância, mantém uma preocupação
em articular conteúdos, objetivos e a iniciativa do educando, como
qualquer processo pedagógico. A EAD não se resume a um material
instrucional com uma seqüência ordenada de conteúdos,
de forma que o educando possa assimilá-los. Embora esta preocupação
esteja contida no processo de elaboração do material didático,
não pode ser elemento central. Esta distorção se justifica
pela preocupação exclusiva com a lógica interna do
conteúdo, acreditando que o material didático, quando preparado
obedecendo a esta lógica, por si só assegura o aprendizado
de qualquer educando.
É necessário esclarecer o que se entende por processo
educativo: educar não é simplesmente fazer com que o aluno
memorize uma seqüência de informações; trata-se
de fazer com que o aluno seja capaz de compreender conceitos a partir da
vinculação dos mesmos com sua realidade próxima e
de reinterpretá-los.
Ensino a distância é o ensino que não implica a
presença física do professor indicado para ministrá-lo
no lugar onde é recebido, ou no qual o professor está presente
apenas em certas ocasiões ou para determinadas tarefas.
Ensino: instrução, transmissão de conhecimentos
e informações, adestramento, treinamento.
Educação: prática educativa, processo ensino-aprendizagem
que leva o indivíduo a aprender a aprender, a saber pensar, criar,
inovar, construir conhecimentos, participar ativamente de seu próprio
crescimento.
Evidentemente há situações e objetivos que se
esgotariam no “ensino”, mas a proposta mais abrangente e fundamental está,
por certo, na “educação”.
A COMUNICAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Etimologicamente a palavra comunicação vem do latim communicare
que é o ato intencional de pôr em comum: idéias, desejos
e emoções, de forma clara, atraente e direta. Por isto, em
EAD, todos os cuidados devem ser tomados para evitar ruídos, que
serão muito prejudiciais, porque o professor não estará
ao lado do aluno para resolver, de imediato, dúvidas que surjam.
Como a comunicação se realiza por diversos meios (a fala,
a escrita e o gesto), veiculados pelo próprio emissor ou através
de reprodução sonora e/ou visual, utilizando recursos eletroeletrônicos
(multimídia), deixa de ser unicamente lingüística para
assumir uma natureza semiótica, pois são muitos os elementos
de que se utilizam os especialistas em recursos didáticos.
Deve-se encarar a EAD como um instrumento para reduzir distâncias.
Assim sendo, o professor deverá preparar o material didático
de modo a garantir a qualidade da relação e da comunicação
entre ambos.
Materiais didáticos preparados por professores especialistas
altamente capacitados constituem-se no meio por intermédio do qual
o aluno adquire conhecimentos, desenvolve hábitos e atitudes de
estudo, sem a presença física do docente. O tão almejado
autodidatismo vai sendo construído pelo próprio aluno, constituindo-se
em ganho para toda a vida e extrapolando os benefícios diretos de
experiências vivenciadas na prática do aprender a distância.
INTERATIVIDADE E INTERAÇÃO
As facilidades de comunicação oferecidas pelas Tecnologias
de Informação e Comunicação (TIC), vêm
modificar as possibilidades de interação a distância
simultânea ou diferida, pondo à disposição dos
sistemas, de seus estudantes e professores, técnicas rápidas,
seguras, eficientes e, em alguns casos, mesmo baratas, como e-mail, por
exemplo.
A característica principal destas tecnologias é a interatividade,
característica técnica que significa possibilidade de o usuário
interagir com uma máquina.
INTERAÇÃO – ação recíproca entre
os sujeitos que pode ser direta ou indireta (mediatizada por algum veículo
técnico de comunicação, como por exemplo, carta ou
telefone).
INTERATIVIDADE – termo que vem sendo usado indistintamente com dois
significados diferentes em geral confundidos: de um lado a potencialidade
técnica oferecida por determinado meio (Por exemplo, CD-ROMS de
consulta, hipertextos em geral ou jogos informatizados), e de outro, a
atividade humana do usuário, de agir sobre a máquina, e de
receber em troca uma “retroação” da máquina sobre
ele.
Em situações de aprendizagem a distância, a interação
pessoal entre professores e alunos é extremamente importante e neste
caso o uso do telefone pode ser de grande eficácia, sendo totalmente
diferente do uso pelo estudante de um programa informático, mesmo
que este lhe ofereça muitas possibilidades interativas: na primeira
situação há intersubjetividade e retorno imediato,
troca de mensagens de caráter socioafetivo, enquanto na segunda
há busca e troca de informações. Em ambas as situações
pode e deve ocorrer a aprendizagem, e os dois tipos de meios evocados podem
e devem ser úteis e complementares para EAD.
A interação não se dá apenas entre aluno
e material instrucional, alunos entre si, alunos e tutor, alunos e instituição
de ensino. Dá-se também, entre os demais elementos que compõem
o universo do aluno (história de vida, família, trabalho,
classe, outros grupos a que pertença).
Diante da diversidade, é preciso atenção para
valorizar as diferenças, estimular idéias, opiniões
e atitudes, desenvolver a capacidade de aprender a pensar, assim como levar
o aluno a obter o controle consciente do aprendido, retê-lo e saber
aplicá-lo em outro contexto. Observa-se então, que a distância
não é apenas um espaço físico, mas também
psicológico, sociológico, cultural, econômico, filosófico,
entre outros.
A interação professor-aluno na Ead se faz intermediada
por um meio, recurso ou material estrategicamente elaborado, que estimule
a auto-aprendizagem, suprindo a ausência física dos participantes
do curso.
A Metodologia utilizada deve permitir a comunicação ativa
entre todos os participantes do ambiente, fazendo com que toda a informação
necessária ao desenvolvimento e aquisição do conhecimento
seja acessível a todos. Além disso, é indispensável
que esse ambiente virtual permita a realização de questionamentos
coordenados pelos tutores (professores), que gerem discussões permitindo
a comunicação a qualquer hora entre alunos e professores.
Os métodos em EAD devem buscar reduzir a distância interpessoal
promovendo a interação entre professor-aluno e aluno-aluno,
garantindo a aprendizagem e a transferência de mensagens.
MATERIAL DIDÁTICO
O material didático deve ser uma ferramenta básica de
aprendizagem e como princípio ser necessariamente auto-explicativo:
permitindo a auto-aprendizagem; motivador: incentivando e estimulando ao
estudo; variado: senso adequado aos vários estilos de aprendizagem.
Características do material didático:
Interatividade: permitindo ao aprendiz um papel ativo e proporcionando-lhe
uma construção do seu aprendizado em nível de sensibilização
diferenciado.
Praticidade – possibilitando-lhe encontrar as informações
para entender qualquer ponto que não tenha compreendido.
Autonomia – permite que o aprendiz “navegue” livremente pelo material
proposto implicando estruturação própria do seu conhecimento.
O PROFESSOR TUTOR NA EAD
O tutor é um elemento importante e indispensável na rede
de comunicação que vincula os cursistas à instituição
de ensino promotora do curso, pois, além de manter a motivação
dos alunos, possibilita a retroalimentação acadêmica
e pedagógica do processo educativo. Deve ter o conhecimento da matéria
em que atua como tutor e domínio das técnicas indicadas para
o desenvolvimento da ação tutorial, em suas diversas formas
e estilos. Um bom docente cria propostas de atividades para a reflexão,
apóia sua resolução, sugere fontes de informação
alternativas, oferece explicações, facilita os processos
de compreensão; isto é, guia, orienta, apóia e nisso
consiste seu ensino.
O tutor ideal deve ter algumas qualidades básicas, como: autenticidade,
amadurecimento e estabilidade emocional, conhecimento de si mesmo, empatia,
inteligência, rapidez mental, cultura social, confiança nos
outros, liderança, capacidade de ouvir, entre outras.
É um facilitador e orientador do processo ensino-aprendizagem.
PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
A evolução das novas tecnologias bem como a ampla
difusão de sua utilização tem possibilitado a implementação
da Educação a Distância. A seleção dos
recursos didáticos a serem utilizados para cada curso, cada disciplina,
deve considerar, principalmente, o público-alvo e o acesso que eles
devem proporcionar que não poderá ser desigual, causando
o bom desempenho de alguns em relação a outros.
MATERIAL IMPRESSO
O recurso impresso deve ser composto de:
GUIA DIDÁTICO – informações que guiam o aluno
através de seu curso como saber estudar, saber organizar-se, interatividades,
calendário, professores, monitorias, eventos, avaliações.
LIVRO TEXTO - informações sobre o curso, conteúdo,
exercícios, auto-avaliações.
MATERIAL DE APOIO – textos e informes que darão suporte aos
conteúdos como textos de livros, jornais, informativos, Internet.
VÍDEO
VÍDEO AULA ou BROADCAST (TV Aberta)
Este tipo de material provoca um sentimento de pertencer a um grupo,
possui menor custo de distribuição mas não permite
interrupções e é efêmero e exige hora marcada
para assistência.
VÍDEO AULA ou VÍDEOCASSETE
As vídeos aulas amenizam o isolamento, possuem um custo menor
de produção, permitem um horário flexível,
admitem pausas e são um material permanente.
TELECONFERÊNCIA
Transmissão de programa de TV “fechada”, transmitido para localidades
designadas e com capacidade de comunicação corporativa, congressos,
seminários, aulas, palestras.
VÍDEOCONFERÊNCIA
Permite ver a imagem do interlocutor bem como documentos, através
de captura de imagens, é o meio que mais se aproxima da sala de
aula tradicional, o número de participantes, de certo modo, é
limitado, não devendo ultrapassar a 20 alunos por transmissão
ou 10 em cada ponto podendo, também, ser uma transmissão
ponto a ponto (individual). É um sistema mais eficaz com tópicos
do que com textos.
ÁUDIO
RÁDIO
Este recurso conta com a possibilidade de chegar as mais distantes
regiões do país porém, exige um comportamento muito
passivo do aluno, não admite interrupções e exige
horários pré-determinados. Pelo seu âmbito maior de
audiência, pressupõe uma linguagem mais simples e que não
haja custo ao receptor.
É indicado para apoio ao processo ensino-aprendizagem
e para cursos ou disciplinas que utilizem mensagens sonoras como
música ou línguas.
FITA K7
Possui a possibilidade de retorno da mensagem e horário
flexível. Pode conter maior complexidade na linguagem e a mensagem
necessita de maior tempo para sua elaboração além
de implicar em custo para o receptor.
TELEFONE
· Fixo – Digital e analógico
· Móvel – Digital e Analógico
· 0800 – Acesso Gratuito
MULTIMÍDIA
CD-ROM
Trata-se da produção de softwares, adequados à
educação (processo ensino-aprendizagem), como método
auxiliar ao professor.
INTERNET
Facilita a comunicação por causa do e-mail, organiza
o conhecimento e o recebimento das informações, possibilita
o diálogo com fóruns e chats e respostas a questões
e facilita o aprendizado no ritmo próprio do aluno.
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA MODALIDADE
EAD
No processo de ensino aprendizagem, a avaliação é
um sistema contínuo de verificação, que proporciona
apoio e contribui para a obtenção de resultados. É
feita por meio de atividades em que o aluno expressa seus conhecimentos
e idéias, desenvolvendo o pensamento crítico e criativo.
A visão holística da avaliação a enxerga
como parte vital do processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, a avaliação deve ser vista como um meio para
a percepção, para o diagnóstico e para a análise
de problemas no aprendizado e não apenas para comprovar dados, ou
mesmo assumir um caráter seletivo, autoritário e punitivo.
Na modalidade de Educação a Distância, por meio
de uma avaliação sistemática, formativa e contínua
pode-se levantar indicadores que revelam se a aprendizagem foi eficaz ou
não. Isso se dá pelo monitoramento/acompanhamento permanente
através dos meios e métodos, o que propicia a retroalimentação,
fator indispensável em educação a distância.
Dentro deste contexto, alunos poderão retomar o caminho proposto
para atingir o objetivo de melhorar o seu desempenho, reabilitar-se e por
fim adquirir conhecimento
Os critérios de avaliação devem ser elaborados
no planejamento e explicitados para que o aluno tome conhecimento de como
será avaliado logo no início do módulo.
ARETIO(1996), vê "na avaliação a distância
a possibilidade de proporcionar ao aluno um processo de aprendizagem menos
dependente do professor e mais centrado no auto-estudo. Isso permite uma
maior flexibilidade para organizar as atividades, o que se constitui numa
das principais vantagens indicadas pelos alunos de cursos a distância".
CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO EM EAD
Embora haja um avanço tecnológico em EAD, é preciso
desenvolver formas de avaliações inovadoras, que se adaptem
a esta modalidade, para que sejam mais dinâmicas e interativas.
Os sistemas de avaliação em EAD irão depender
do conteúdo do curso, do público-alvo, do planejamento, da
execução e da escolha dos meios de comunicação
que serão utilizados ao longo do curso. Com base em todo esse contexto,
o professor irá determinar quais métodos avaliativos
são mais adequados ao curso/disciplina ofertado.
Apesar de suas características peculiares, não há
um modelo preestabelecido para avaliar em EAD. Os especialistas em
avaliação que anunciam a quebra de velhos paradigmas já
estão sendo ouvidos e compreendidos. Poucos docentes ainda ignoram
as vantagens de uma avaliação mais democrática, justa,
qualitativa e significante.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Como avaliar?
O rendimento do aluno se verifica por meio de instrumentos avaliativos,
que podem ser aplicados em diversas situações:
AVALIAÇÃO PRESENCIAL:
São provas com tempo, espaço e situação
delimitados, sob a supervisão de um representante da instituição.
Todos os alunos do curso/disciplina estão na mesma situação.
O aluno poderá demonstrar que os trabalhos realizados a distância
são fruto de seu esforço pessoal.
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA:
O espaço e a situação nesta modalidade estão
livres para o aluno, porém com datas, limites para entregar os trabalhos
e atividades. Apresenta-se normalmente como atividades que devem ser respondidas
e enviadas ao professor, através de meios como correio, fax ou E-mail.
Novas formas de comunicação, propiciadas pelas inovações
tecnológicas, são de grande utilidade para a avaliação
a distância. Os mesmos critérios da avaliação
presencial podem ser observados por meios assíncronos e/ou síncronos.
A avaliação a distância pode realizar-se por meio
da AUTO AVALIAÇÃO.
Sendo a EAD uma modalidade voltada para a aprendizagem independente
ou auto-aprendizagem, é imprescindível que o aluno seja também
seu próprio avaliador, e seja estimulado a exercer essa atividade
com freqüência, desenvolvendo uma autonomia crítica sobre
seu próprio trabalho.
A aprendizagem significativa é reflexiva, construtiva e auto-reguladora,
as pessoas são construtoras de seus próprios conhecimentos.
O modo como o estudante organiza, estrutura e utiliza as informações
é um fator primordial na avaliação. A realidade de
cada aluno deve ser levada em consideração numa avaliação
em EAD, pois, sem isso, as habilidades individuais serão mais difíceis
de identificar.
CONCLUSÃO
Diante deste cenário, podemos concluir que a Escola, necessita
mudar, em seus aspectos: estruturais e pedagógicos.
Esta nova sociedade que se descortina, exige um professor diferente,
um aluno diferente, que atuam num mundo em constante transformação.
Não educamos mais “para o futuro”, porque o futuro é hoje
e, educar hoje, significa cooperar, trabalhar junto, abrir-se para novas
áreas do conhecimento, numa visão multidisciplinar.
Ser professor hoje, significa (re) significar a profissão, dar
novo sentido à missão e segundo Paulo Freire “... ser professor
hoje, é viver inteiramente o seu tempo, é conviver; é
ter consciência e sensibilidade... não se pode imaginar um
futuro para a humanidade sem educadores...”
“... O professor hoje é um mediador do conhecimento, diante
do aluno que é o sujeito de sua própria formação;
é um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador,
e, sobretudo, um organizador da aprendizagem...”
Se esta é a realidade atual, se o cyberespaço é
o espaço da aprendizagem, a proposta de EAD, está pedagogicamente
correta. Não está aí para substituir o modelo presencial,
mas para agregar esforços no sentido da melhoria da qualidade da
educação.
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REVISTA – abc educatio – a revista da educação – nº
16 – Edit. Criart ltda. SP.
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