FFCHLA - Mestrado em Educação e Curso de Pedagogia
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PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Profª Denise Fernandes Goulart
denise.goulart@utp.br
Profª Ivana Barbosa Paulatti
ivana.paulatti@utp.br
Profª Rosilda Maria Borges Ferreira
rosilda.ferreira@utp.br
Profª Vânia Fernandes Fraga
vania.fraga@utp.br
Coordenadoria de Educação a Distância
Universidade Tuiuti do Paraná

 
INTRODUÇÃO

Ir à escola e dedicar a ela um período de tempo em local estruturado, seguindo regras sócio-culturais e educacionais, faz parte da vida de todos os que têm a oportunidade de freqüentar uma instituição escolar.
Esta realidade, no entanto, vem mudando, e, segundo o Professor Cassiano Zeferino de Carvalho Neto “haverá tempo em que a escola, a casa do aluno e o mundo constituirão os lugares da Educação”.
O avanço tecnológico e os novos meios de comunicação, estão mudando a realidade escolar, pressionando o sistema no sentido da construção de uma Sociedade da Informação, que facilite o acesso ao conhecimento.
Neste sentido, a Educação a Distância, vem como resposta a esta necessidade social.

BREVE HISTÓRICO
As primeiras experiências em EAD datam de 1813 e sua institucionalização ocorreu no final do século XIX, com a criação de universidades em vários países da Europa: Universidade Aberta da Grã-Bretanha (Open University), a Universidade de Wisconsin, a Fernuniversität na Alemanha, a UNED na Espanha, que apresentaram propostas de qualidade e transformaram-se em modelos de ensino a distância. 
Mais recentemente na América Latina podemos citar a Universidade Aberta da Venezuela, a Universidade de Estatal a Distância da Costa Rica, a Universidade Autônoma do México, o Sistema de Educação a Distância da Universidade de Brasília (UNB), entre outros.
No Brasil podemos citar também outras instituições que ofertam EAD: a Universidade do Anhembi, Universidade Virtual, Unicamp; em Curitiba temos a Universidade Federal do Paraná, Universidade Eletrônica do Brasil, PUC – PR, FAE e a partir de março de 2002, iniciamos a implantação de EAD na Universidade Tuiuti do Paraná.
Apesar de todos estes anos, com experiências muito bem sucedidas em alguns países, a EAD sofre resistências e preconceitos.
A grande preocupação é com a qualidade do ensino e com o compromisso do professor com a Educação e a obrigatoriedade de apropriar-se de ferramentas tecnológicas (que lhes são desconhecidas), Quanto ao aluno a preocupação é com o modelo de educação mais focado em sua disciplina, com a auto-aprendizagem e com a regulação de seu tempo de estudos, antes bem determinado pelo modelo presencial (local e horários).
A EAD, apoiada no avanço tecnológico, nos faz vislumbrar um modelo educacional, que não tem mais volta; isto é, um modelo que veio para ficar, porque vem dando respostas positivas para o mundo contemporâneo.
Ao atingir um número maior de pessoas que não têm condições de frequentar a escola, da forma como ela se apresenta, por questões de tempo, distância,  fatores  econômicos,  e  outros,  a EAD  vem  sendo vista como um modelo transformador do paradigma atual presencial: professorXaluno face a face desenvolvendo competências e habilidades.
O objetivo primordial da EAD, é a (re) significação de um paradigma educacional, que não responde mais aos anseios e perspectivas deste século, principalmente para a população adulta.
Dr. Santiago Castilho Arredondo, titular da UNED / Madrid / Espanha, propõe uma definição para EAD: “A educação / ensino a distância, é um sistema didático-tecnológico, organizado para promover / facilitar o processo de ensino-aprendizagem, a um número massivo de alunos, individuais e autônomos, separados e dispersos, sem a presença física simultânea do professor, dotada de recursos docentes, administrativos e de serviços necessários, que possibilitam a intercomunicação bidirecional entre professores e alunos; mediante a utilização de meios didáticos específicos e a aplicação dos novos recursos tecnológicos e o apoio assistencial do Professor Tutor”.
No entanto, não podemos incorrer no erro de pensar que a EAD vai solucionar todos os problemas educacionais brasileiros.
Ela pode sem dúvida nenhuma auxiliar a grande massa de brasileiros – jovens e adultos – que necessitam de alfabetização; que necessitam se profissionalizar e/ou reciclar, diante das exigências de um mundo em constante mudanças, ampliando oportunidades de estudo e emprego.
Assim sendo, a EAD tem uma proposta metodológica e um sistema de avaliação diferente do modelo presencial.

METODOLOGIA
EDUCAÇÃO, ENSINO OU APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA?
 Educação a Distância é uma modalidade que, embora feita a distância, mantém uma preocupação em articular conteúdos, objetivos e a iniciativa do educando, como qualquer processo pedagógico. A EAD não se resume a um material instrucional com uma seqüência ordenada de conteúdos, de forma que o educando possa assimilá-los. Embora esta preocupação esteja contida no processo de elaboração do material didático, não pode ser elemento central. Esta distorção se justifica pela preocupação exclusiva com a lógica interna do conteúdo, acreditando que o material didático, quando preparado obedecendo a esta lógica, por si só assegura o aprendizado de qualquer educando.
É necessário esclarecer o que se entende por processo educativo: educar não é simplesmente fazer com que o aluno memorize uma seqüência de informações; trata-se de fazer com que o aluno seja capaz de compreender conceitos a partir da vinculação dos mesmos com sua realidade próxima e de reinterpretá-los.
Ensino a distância é o ensino que não implica a presença física do professor indicado para ministrá-lo no lugar onde é recebido, ou no qual o professor está presente apenas em certas ocasiões ou para determinadas tarefas.
Ensino: instrução, transmissão de conhecimentos e informações, adestramento, treinamento.
Educação: prática educativa, processo ensino-aprendizagem que leva o indivíduo a aprender a aprender, a saber pensar, criar, inovar, construir conhecimentos, participar ativamente de seu próprio crescimento. 
Evidentemente há situações e objetivos que se esgotariam no “ensino”, mas a proposta mais abrangente e fundamental está, por certo, na “educação”.

A COMUNICAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Etimologicamente a palavra comunicação vem do latim communicare que é o ato intencional de pôr em comum: idéias, desejos e emoções, de forma clara, atraente e direta. Por isto, em EAD, todos os cuidados devem ser tomados para evitar ruídos, que serão muito prejudiciais, porque o professor não estará ao lado do aluno para resolver, de imediato, dúvidas que surjam.
Como a comunicação se realiza por diversos meios (a fala, a escrita e o gesto), veiculados pelo próprio emissor ou através de reprodução sonora e/ou visual, utilizando recursos eletroeletrônicos (multimídia), deixa de ser unicamente lingüística para assumir uma natureza semiótica, pois são muitos os elementos de que se utilizam os especialistas em recursos didáticos.
Deve-se encarar a EAD como um instrumento para reduzir distâncias. Assim sendo, o professor deverá preparar o material didático de modo a garantir a qualidade da relação e da comunicação entre ambos.
Materiais didáticos preparados por professores especialistas altamente capacitados constituem-se no meio por intermédio do qual o aluno adquire conhecimentos, desenvolve hábitos e atitudes de estudo, sem a presença física do docente. O tão almejado autodidatismo vai sendo construído pelo próprio aluno, constituindo-se em ganho para toda a vida e extrapolando os benefícios diretos de experiências vivenciadas na prática do aprender a distância.

INTERATIVIDADE E INTERAÇÃO
As facilidades de comunicação oferecidas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), vêm modificar as possibilidades de interação a distância simultânea ou diferida, pondo à disposição dos sistemas, de seus estudantes e professores, técnicas rápidas, seguras, eficientes e, em alguns casos, mesmo baratas, como e-mail, por exemplo.
A característica principal destas tecnologias é a interatividade, característica técnica que significa possibilidade de o usuário interagir com uma máquina.
INTERAÇÃO – ação recíproca entre os sujeitos que pode ser direta ou indireta (mediatizada por algum veículo técnico de comunicação, como por exemplo, carta ou telefone).
INTERATIVIDADE – termo que vem sendo usado indistintamente com dois significados diferentes em geral confundidos: de um lado a potencialidade técnica oferecida por determinado meio (Por exemplo, CD-ROMS de consulta, hipertextos em geral ou jogos informatizados), e de outro, a atividade humana do usuário, de agir sobre a máquina, e de receber em troca uma “retroação” da máquina sobre ele.
Em situações de aprendizagem a distância, a interação pessoal entre professores e alunos é extremamente importante e neste caso o uso do telefone pode ser de grande eficácia, sendo totalmente diferente do uso pelo estudante de um programa informático, mesmo que este lhe ofereça muitas possibilidades interativas: na primeira situação há intersubjetividade e retorno imediato, troca de mensagens de caráter socioafetivo, enquanto na segunda há busca e troca de informações. Em ambas as situações pode e deve ocorrer a aprendizagem, e os dois tipos de meios evocados podem e devem ser úteis e complementares para EAD.
A interação não se dá apenas entre aluno e material instrucional, alunos entre si, alunos e tutor, alunos e instituição de ensino. Dá-se também, entre os demais elementos que compõem o universo do aluno (história de vida, família, trabalho, classe, outros grupos a que pertença). 
Diante da diversidade, é preciso atenção para valorizar as diferenças, estimular idéias, opiniões e atitudes, desenvolver a capacidade de aprender a pensar, assim como levar o aluno a obter o controle consciente do aprendido, retê-lo e saber aplicá-lo em outro contexto. Observa-se então, que a distância não é apenas um espaço físico, mas também psicológico, sociológico, cultural, econômico, filosófico, entre outros.
A interação professor-aluno na Ead se faz intermediada por um meio, recurso ou material estrategicamente elaborado, que estimule a auto-aprendizagem, suprindo a ausência física dos participantes do curso.
A Metodologia utilizada deve permitir a comunicação ativa entre todos os participantes do ambiente, fazendo com que toda a informação necessária ao desenvolvimento e aquisição do conhecimento seja acessível a todos. Além disso, é indispensável que esse ambiente virtual permita a realização de questionamentos coordenados pelos tutores (professores), que gerem discussões permitindo a comunicação a qualquer hora entre alunos e professores.
Os métodos em EAD devem buscar reduzir a distância interpessoal promovendo a interação entre professor-aluno e aluno-aluno, garantindo a aprendizagem e a transferência de mensagens. 

MATERIAL DIDÁTICO
O material didático deve ser uma ferramenta básica de aprendizagem e como princípio ser necessariamente auto-explicativo: permitindo a auto-aprendizagem; motivador: incentivando e estimulando ao estudo; variado: senso adequado aos vários estilos de aprendizagem.
Características do material didático:
Interatividade: permitindo ao aprendiz um papel ativo e proporcionando-lhe uma construção do seu aprendizado em nível de sensibilização diferenciado.
Praticidade – possibilitando-lhe encontrar as informações para entender qualquer ponto que não tenha compreendido.
Autonomia – permite que o aprendiz “navegue” livremente pelo material proposto implicando estruturação própria do seu conhecimento.

O PROFESSOR TUTOR NA EAD
O tutor é um elemento importante e indispensável na rede de comunicação que vincula os cursistas à instituição de ensino promotora do curso, pois, além de manter a motivação dos alunos, possibilita a retroalimentação acadêmica e pedagógica do processo educativo. Deve ter o conhecimento da matéria em que atua como tutor e domínio das técnicas indicadas para o desenvolvimento da ação tutorial, em suas diversas formas e estilos. Um bom docente cria propostas de atividades para a reflexão, apóia sua resolução, sugere fontes de informação alternativas, oferece explicações, facilita os processos de compreensão; isto é, guia, orienta, apóia e nisso consiste seu ensino.
O tutor ideal deve ter algumas qualidades básicas, como: autenticidade, amadurecimento e estabilidade emocional, conhecimento de si mesmo, empatia, inteligência, rapidez mental, cultura social, confiança nos outros, liderança, capacidade de ouvir, entre outras.
É um facilitador e orientador do processo ensino-aprendizagem.

PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
 A evolução das novas tecnologias bem como a ampla difusão de sua utilização tem possibilitado a implementação da Educação a Distância. A seleção dos recursos didáticos a serem utilizados para cada curso, cada disciplina, deve considerar, principalmente, o público-alvo e o acesso que eles devem proporcionar que não poderá ser desigual, causando o bom desempenho de alguns em relação a outros. 

 MATERIAL IMPRESSO
O recurso impresso deve ser composto de:
GUIA DIDÁTICO – informações que guiam o aluno através de seu curso como saber estudar, saber organizar-se, interatividades, calendário, professores, monitorias, eventos, avaliações.
LIVRO TEXTO -  informações sobre o curso, conteúdo, exercícios, auto-avaliações.
MATERIAL DE APOIO – textos e informes que darão suporte aos conteúdos como textos de livros, jornais, informativos, Internet.

VÍDEO
VÍDEO AULA ou BROADCAST  (TV Aberta) 
Este tipo de material provoca um sentimento de pertencer a um grupo, possui menor custo de distribuição mas não permite interrupções e é efêmero e exige hora marcada para assistência.
 
 

VÍDEO AULA ou VÍDEOCASSETE
As vídeos aulas amenizam o isolamento, possuem um custo menor de produção, permitem um horário flexível, admitem pausas e são um material permanente.
TELECONFERÊNCIA
Transmissão de programa de TV “fechada”, transmitido para localidades designadas e com capacidade de comunicação corporativa, congressos, seminários, aulas, palestras.
VÍDEOCONFERÊNCIA
Permite ver a imagem do interlocutor bem como documentos, através de captura de imagens, é o meio que mais se aproxima da sala de aula tradicional, o número de participantes, de certo modo, é limitado, não devendo ultrapassar a 20 alunos por transmissão ou 10 em cada ponto podendo, também, ser uma transmissão ponto a ponto (individual). É um sistema mais eficaz com tópicos do que com textos.

ÁUDIO
RÁDIO 
 Este recurso conta com a possibilidade de chegar as mais distantes regiões do país porém, exige um comportamento muito passivo do aluno, não admite interrupções e exige horários pré-determinados. Pelo seu âmbito maior de audiência, pressupõe uma linguagem mais simples e que não haja custo ao receptor.
 É indicado para apoio ao processo ensino-aprendizagem e para cursos ou disciplinas que utilizem mensagens sonoras  como música ou línguas.
FITA K7
 Possui a possibilidade de retorno da mensagem e horário flexível. Pode conter maior complexidade na linguagem e a mensagem necessita de maior tempo para sua elaboração além de implicar em custo para o receptor.
TELEFONE
· Fixo – Digital e analógico
· Móvel – Digital e Analógico
· 0800 – Acesso Gratuito

MULTIMÍDIA 
CD-ROM 
 Trata-se da produção de softwares, adequados à educação (processo ensino-aprendizagem), como método auxiliar ao professor.
 INTERNET
Facilita a comunicação por causa do e-mail, organiza o conhecimento e o recebimento das informações, possibilita o diálogo com fóruns e chats e respostas a questões e facilita o aprendizado no ritmo próprio do aluno.

AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA MODALIDADE EAD
No processo de ensino aprendizagem, a avaliação é um sistema contínuo de verificação, que proporciona apoio e contribui para a obtenção de resultados. É feita por meio de atividades em que o aluno expressa seus conhecimentos e idéias, desenvolvendo o pensamento crítico e criativo.
A visão holística da avaliação a enxerga como parte vital do processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, a avaliação deve ser vista como um meio para a percepção, para o diagnóstico e para a análise de problemas no aprendizado e não apenas para comprovar dados, ou mesmo assumir um caráter seletivo, autoritário e punitivo.
Na modalidade de Educação a Distância, por meio de uma avaliação sistemática, formativa e contínua pode-se levantar indicadores que revelam se a aprendizagem foi eficaz ou não. Isso se dá pelo monitoramento/acompanhamento permanente através dos meios e métodos, o que propicia a retroalimentação, fator indispensável em educação a distância.
Dentro deste contexto, alunos poderão retomar o caminho proposto para atingir o objetivo de melhorar o seu desempenho, reabilitar-se e por fim adquirir conhecimento 
Os critérios de avaliação devem ser elaborados no planejamento e explicitados para que o aluno tome conhecimento de como será avaliado logo no início do módulo. 
ARETIO(1996), vê "na avaliação a distância a possibilidade de proporcionar ao aluno um processo de aprendizagem menos dependente do professor e mais centrado no auto-estudo. Isso permite uma maior flexibilidade para organizar as atividades, o que se constitui numa das principais vantagens indicadas pelos alunos de cursos a distância".

CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO EM EAD
Embora haja um avanço tecnológico em EAD, é preciso desenvolver formas de avaliações inovadoras, que se adaptem a esta modalidade,  para que sejam mais dinâmicas e interativas. 
Os sistemas de avaliação em EAD irão depender do conteúdo do curso, do público-alvo, do planejamento, da execução e da escolha dos meios de comunicação que serão utilizados ao longo do curso. Com base em todo esse contexto, o professor irá   determinar quais métodos avaliativos são mais adequados ao curso/disciplina ofertado.
Apesar de suas características peculiares, não há um modelo preestabelecido para avaliar em EAD.  Os especialistas em avaliação que anunciam a quebra de velhos paradigmas já estão sendo ouvidos e compreendidos. Poucos docentes ainda ignoram as vantagens de uma avaliação mais democrática, justa, qualitativa e significante.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 
Como avaliar?
O rendimento do aluno se verifica por meio de instrumentos avaliativos, que podem ser aplicados em diversas situações:

AVALIAÇÃO PRESENCIAL: 
São provas com tempo, espaço e situação delimitados, sob a supervisão de um representante da instituição. Todos os alunos do curso/disciplina estão na mesma situação. 
O aluno poderá demonstrar que os trabalhos realizados a distância são fruto de seu esforço pessoal.

AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA:
O espaço e a situação nesta modalidade estão livres para o aluno, porém com datas, limites para entregar os trabalhos e atividades. Apresenta-se normalmente como atividades que devem ser respondidas e enviadas ao professor, através de meios como correio, fax ou E-mail. 
Novas formas de comunicação, propiciadas pelas inovações tecnológicas, são de grande utilidade para a avaliação a distância. Os mesmos critérios da avaliação presencial podem ser observados por meios assíncronos e/ou síncronos.
A avaliação a distância pode realizar-se por meio da AUTO AVALIAÇÃO.
Sendo a EAD uma modalidade voltada para a aprendizagem independente ou auto-aprendizagem, é imprescindível que o aluno seja também seu próprio avaliador, e seja estimulado a exercer essa atividade com freqüência, desenvolvendo uma autonomia crítica sobre seu próprio trabalho.
A aprendizagem significativa é reflexiva, construtiva e auto-reguladora, as pessoas são construtoras de seus próprios conhecimentos. O modo como o estudante organiza, estrutura e utiliza as informações é um fator primordial na avaliação. A realidade de cada aluno deve ser levada em consideração numa avaliação em EAD, pois, sem isso, as habilidades individuais serão mais difíceis de identificar.

CONCLUSÃO
Diante deste cenário, podemos concluir que a Escola, necessita mudar, em seus aspectos: estruturais e pedagógicos.
Esta nova sociedade que se descortina, exige um professor diferente, um aluno diferente, que atuam num mundo em constante transformação. Não educamos mais “para o futuro”, porque o futuro é hoje e, educar hoje, significa cooperar, trabalhar junto, abrir-se para novas áreas do conhecimento, numa visão multidisciplinar.
Ser professor hoje, significa (re) significar a profissão, dar novo sentido à missão e segundo Paulo Freire “... ser professor hoje, é viver inteiramente o seu tempo, é conviver; é ter consciência e sensibilidade... não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores...”
“... O professor hoje é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito de sua própria formação; é um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e, sobretudo, um organizador da aprendizagem...”
Se esta é a realidade atual, se o cyberespaço é o espaço da aprendizagem, a proposta de EAD, está pedagogicamente correta. Não está aí para substituir o modelo presencial, mas para agregar esforços no sentido da melhoria da qualidade da educação.

Referëncias bibliográficas

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GIACOMANTONIO, Marcelo. Os meios audiovisuais. Martins Fontes. SP, 1976.
LAASER, Wolfram (Org.). Manual de criação e elaboração de materiais para a educação a distância. Brasília: CEAD; Editora Universidade de Brasília, 1997.
LANDIM, Claudia Maria M. P. F. Educação a Distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, 1997.
NISKIU, Arnaldo. Educação a distância – a tecnologia da esperança. Edit. Loyola. SP, 1999.
MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. Brasiliense. 3ª ed. SP, 1995.
MARTINS, Onilza Borges e POLAK, Imiracy Nascimento de Souza (Org.). Educação a Distância na UFPR: novos caminhos e novos rumos. 2 ed. Curitiba: Editora da UFPR, 2001.
MEDEIROS, José Adelino. O que é tecnologia. Brasiliense. 1. Ed. São Paulo, 1993. p. 10.
PRETTI, Oreste. Educação a Distância: início e indícios de um percurso. IN: PRETTI, (Org.). Educação a Distância: uma prática educativa e mediatizada. Cuiabá (MT), NEAD/IE, UFMT, 1996.
REVISTA – abc educatio – a revista da educação – nº 16 – Edit. Criart ltda. SP.
 

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Direitos Autorais protegidos. Textos podem ser usados para estudo ou para orientação de alunos.
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Edição: Evelcy Monteiro Machado e  Iolanda B. C. Cortelazzo -  dezembro de 2002.
Criação da Página: Ioalnda B. C. Cortelazzo - novembro 2002